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Vozes da Memória, de Raíssa Dourado, no Cineclube Casa do Poeta Caeté

  • Foto do escritor: Francisco Weyl
    Francisco Weyl
  • 8 de set.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 14 de out.


No dia 16 de setembro, às 19h, o Cineclube Casa do Poeta — fruto da parceria entre o X FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté e a Casa do Poeta Caeté — realiza sua terceira sessão, reafirmando a data simbólica (sempre no dia 16) como gesto de resistência e celebração da pluralidade amazônida.


O filme em cartaz é Vozes da Memória, da realizadora Raíssa Dourado, produção contemplada pelo Edital Lídio Sohn (1º Prêmio de Cinema da Sejucel, Governo de Rondônia, 2018/2019). Após a exibição, haverá debate com a diretora, conectada de Rondônia, em diálogo com o público reunido em Belém, com mediação de Jass Saldanha e Rosana Santos (jurada do FICCA).


Mas esta não é apenas mais uma sessão de cinema. É um encontro com a voz feminina que atravessa e ressignifica o cinema da Amazônia — uma voz que abre caminho para uma linguagem diversa, democrática, plural, radical, aberta, sincera e profundamente amazônida. Raíssa Dourado faz da câmera uma insurgência: recolhe memórias silenciadas, confronta colonizações e inventa futuros possíveis.


Em Vozes da Memória, Porto Velho deixa de ser apenas capital para se tornar campo de disputa simbólica: floresta contra concreto, maloca contra shopping center, rio contra asfalto, periferia contra invisibilidade. A juventude, os artistas, os ribeirinhos, os indígenas e os imigrantes aparecem não como objetos de estudo, mas como sujeitos de enunciação — é o cinema devolvendo a palavra a quem a história quis calar.


Selecionado para a III Mostra Sesc de Cinema Nacional (2019) e o Festival Pachamama – Cinema de Fronteira (Acre, 2019), o documentário traz a radicalidade das estéticas de guerrilha, das poéticas da gambiarra e das tecnologias do possível — operadores conceituais que também orientam as oficinas do FICCA e sustentam o próprio espírito do Cineclube.


Porque o Cineclube Casa do Poeta não é vitrine, é escola de crítica, é laboratório de pensamento, é motor de formação. Sua pegada itinerante é a alma do FICCA: levar cinema para onde o cinema não chega, fazer da tela um território de luta e da partilha um ato político.


Na estreia (16 de julho), vimos a força afetiva da Marambaia; na segunda sessão (16 de agosto), o feitiço inventivo de Rosilene Cordeiro. Agora, em setembro, é o feminino insurgente de Raíssa Dourado que se impõe.


Cada sessão é mais que um encontro: é um manifesto.

Cada 16, mais que uma data: é um chamado.

O Cineclube é o coração que bombeia o sangue rebelde do FICCA.


Serviço


Cineclube Casa do Poeta – 3ª sessão

Exibição do documentário Vozes da Memória (Dir. Raíssa Dourado)

16 de setembro de 2024 (terça-feira)

19h

Casa do Poeta Caeté – Travessa SN6, Marambaia, Belém/PA

Debate: com a diretora Raíssa Dourado (conectada de Rondônia)

Mediação: Jass Saldanha e Rosana Santos (jurada do FICCA)


Entrada gratuita | Evento presencial e virtual através das redes do FICCA


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🎬 Audiodescrição – “Vozes da Memória”

O cartaz tem formato quadrado e é dividido diagonalmente em duas cores: verde na parte superior esquerda e amarelo-claro na parte inferior direita.

No topo, à esquerda, há o logotipo colorido da Casa do Poeta, e ao lado direito está escrito em letras grandes:“X FICCA & Casa do Poeta Caeté apresentam”, em tons de amarelo e verde-escuro.

Abaixo, no centro, está o título do evento:“VOZES DA MEMÓRIA”, em letras maiúsculas grandes, com a frase “de Raíssa Dourado” logo abaixo, entre colchetes.

À esquerda do texto principal, há uma ilustração grande de uma câmera de cinema amarela sobre um tripé, apontada para o texto, simbolizando uma projeção.

Acima dessa câmera, aparece a figura de um personagem colorido, de pele marrom e corpo pintado, com fitas coloridas saindo de suas mãos, e uma máquina de filmar no lugar da cabeça — uma imagem artística e simbólica da união entre corpo, cultura e cinema.

À direita, há três imagens verticais:

  1. No topo, uma ilustração de jovens diante de uma tela de cinema ao ar livre.

  2. No meio, uma fotografia da cineasta Raíssa Dourado, de cabelos curtos e expressão calma.

  3. Embaixo, uma foto com o letreiro “Cine: Embarque!”, montado ao ar livre com estrutura de bambu.

Na parte inferior, em uma faixa preta, aparecem informações do evento:“TERÇA-FEIRA, 16.09, 19H”, seguidas do endereço:“Trav. SN6 N: 210 - Gleba 1 - Nova Marambaia - CEP: 66623279.”

Abaixo do endereço está o aviso:“Sessão presencial com transmissão pelo YouTube.

No canto inferior esquerdo há o ícone de uma cadeira de diretor, símbolo do FICCA (Festival Internacional de Cinema do Caeté).


REALIZAÇÃO: X FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté / Arte Usina Caeté

PATROCÍNIO: Governo Federal/Ministério da Cultura; Governo do Pará/Secretaria de Cultura/Fundação Cultural do Pará, através da PNAB e Lei Semear; da Fundação Guamá, Parque de Ciência e Tecnologia - Guamá; Instituto Sustentabilidade da Amazônia com Ciência e Inovação; e Casa Poranga e de Seu Rompe Mato

APOIO CULTURAL: Multifário; Associação Remanescentes de Quilombolas do Torre/Tracuateua; Grupo de Pesquisas PERAU-PPGARTES-UFPA; Academia de Letras do Brasil; ALB-Bragança; Henrique Brito Avocacia.

APOIO INTERNACIONAL: Livraria Independente Gato Vadio (Porto); BEI Film; Escola Superior de Teatro e Cinema - Instituto Politécnico de Lisboa; Associação Nacional de Cinema e Audiovisual de Cabo Verde; Fundação Servir Cinema Cinema - Cabo Verde

PARCERIA: BRAGANÇA: CVC; Pousada de Ajuruteua; Pousada Casa Madrid; Pousada Aruans Casarão; Mexericos na Maré; Paróquia de São João Batista; AUGUSTO CORREA: Escola Lauro Barbosa dos Santos Cordeiro - Patal; EMEF André Alves – Nova Olinda. PRIMAVERA: Vereador Waldeir Reis; Espaço Cultural Casa da Vózinha; Associação dos Produtores de Guarumandeua; Associação dos Agricultores de Siquiriba; QUATIPURU: Monóculo da Vovó; Associação Quilombola de Sacatandeua; ANANINDEUA: Centro Cultural Rosa Luxemburgo; BELÉM: Cordel do Urubu; Vagalume Boi Bumbá da Marambaia; Cine Curau; Casa do Poeta Caeté.

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COORD. PEDAGÓGICA: ROSILENE CORDEIRO / MARCELO SILVA

COORDENAÇÃO: Francisco Weyl

COORD. PRODUÇÃO: Roberta Mártires

FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté – Ano 10

@ficcacinema


 
 
 

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