República de Portugal inaugura cineclube e firma parceria com o FICCA para registrar 75 anos de história
- Francisco Weyl
- 4 de nov.
- 4 min de leitura
A iniciativa marca o início de um processo formativo e cultural que acompanhará a comunidade escolar ao longo de 2026, quando a instituição celebrará 75 anos de existência como a segunda escola mais antiga da rede municipal de Belém.
No dia 3 de novembro de 2025, a Escola Municipal República de Portugal viveu um momento histórico com a inauguração do Cineclube República de Portugal, em parceria com o Festival Internacional de Cinema do Caeté – FICCA.
A sessão de estreia exibiu obras que dialogam com ancestralidade, território e memória amazônica:
Murerureua Atinã-nã, de Roberta Mártires
Artesania Tracuateuara, do Quilombo do Torre
Nas águas do rio Tijoça o Patal conta a sua história, do Coletivo da Escola Lauro Barbosa dos Santos Cordeiro e Cineclube Urumajó
Após as exibições, foi assinado o Protocolo de Intenções entre a escola e o FICCA, oficializando a criação de um programa contínuo de formação audiovisual, com:
Oficinas práticas de roteiro, fotografia, captação de som e montagem
Núcleos permanentes de produção audiovisual
Sessões cineclubistas formativas mensais
Construção colaborativa do documentário “75 Anos da República de Portugal”
Mais do que atividades técnicas, as oficinas audiovisuais terão papel estratégico: resgatar, registrar e recontar as memórias de gerações que passaram pela escola, valorizando histórias que habitam a Marambaia e fizeram da República de Portugal um patrimônio comunitário.Pais, avós, estudantes e ex-alunos serão convidados a narrar suas vivências, criando um arquivo afetivo e histórico para a cidade.
“Não inauguramos apenas um cineclube — abrimos uma nova página da escola”, afirmou o diretor Tiago Oliveira.
“Este projeto valoriza nosso passado e prepara nossos estudantes para um futuro criativo, crítico e cidadão, onde cada memória tem voz e cada estudante tem direito de narrar.”
O coordenador do FICCA, Francisco Weyl, reforçou que o audiovisual atua como ferramenta de autonomia simbólica e pedagógica:
“Ao formar jovens realizadores, estamos ativando lembranças, identidades e pertencimentos. O cineclube transforma a memória viva da escola em imagem, palavra e imaginação, para que a comunidade conte sua própria história.”
Com o lançamento do cineclube, a República de Portugal reafirma seu papel como escola pública de referência, espaço de cultura e memória viva da Amazônia urbana, articulando passado, presença e futuro na construção coletiva de saberes
Imagem horizontal de um grande grupo de pessoas reunidas em uma sala escolar, posando para foto. São cerca de 30 participantes, entre estudantes, educadores, moradores da comunidade e integrantes do projeto. A maioria está em pé e algumas pessoas estão sentadas à frente, incluindo uma pessoa em cadeira de rodas. Todos sorriem, formando um clima de alegria e celebração.
A sala é ampla, iluminada, com paredes claras, portas azuis e piso branco. O grupo ocupa o centro da imagem.
Ao redor da fotografia há uma moldura com tons quentes em amarelo e laranja, remetendo à textura amazônica e à identidade visual do Festival Internacional de Cinema do Caeté (FICCA).
Na parte superior está escrito em letras grandes:“CINECLUBE DA ESCOLA REPÚBLICA DE PORTUGAL”
Na parte inferior da imagem central, lê-se:“Inauguração: 03.11.2025 – Marambaia, Belém, Pará”
Nas laterais e na parte inferior aparecem diversos logotipos de instituições parceiras, patrocinadores e apoiadores culturais — entre eles Governo do Pará, Ministério da Cultura, Fundação Guamá, ESTC Lisboa, Cineclubes parceiros, Secretaria Municipal de Cultura e outras instituições comunitárias e educacionais.
No canto inferior direito aparece o logotipo do FICCA, com um ícone de cadeira de diretor.
No canto inferior esquerdo, uma ilustração de uma figura estilizada segurando uma câmera sobre os ombros, envolvendo elementos culturais amazônicos.
Creditação na lateral esquerda:Foto: Marcelo Rodrigues
REALIZAÇÃO: X FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté / Arte Usina Caeté
PATROCÍNIO: Governo Federal/Ministério da Cultura; Governo do Pará/Secretaria de Cultura/Fundação Cultural do Pará, através da PNAB e Lei Semear; da Fundação Guamá, Parque de Ciência e Tecnologia - Guamá; Instituto Sustentabilidade da Amazônia com Ciência e Inovação; e Casa Poranga e de Seu Rompe Mato
APOIO CULTURAL: Multifário; Associação Remanescentes de Quilombolas do Torre/Tracuateua; Grupo de Pesquisas PERAU-PPGARTES-UFPA; Academia de Letras do Brasil; ALB-Bragança; Henrique Brito Avocacia.
APOIO INTERNACIONAL: Livraria Independente Gato Vadio (Porto); BEI Film; Escola Superior de Teatro e Cinema - Instituto Politécnico de Lisboa; Associação Nacional de Cinema e Audiovisual de Cabo Verde; Fundação Servir Cinema Cinema - Cabo Verde
PARCERIA: BRAGANÇA: CVC; Pousada de Ajuruteua; Pousada Casa Madrid; Pousada Aruans Casarão; Mexericos na Maré; Paróquia de São João Batista; AUGUSTO CORREA: Escola Lauro Barbosa dos Santos Cordeiro - Patal; EMEF André Alves – Nova Olinda. PRIMAVERA: Vereador Waldeir Reis; Espaço Cultural Casa da Vózinha; Associação dos Produtores de Guarumandeua; Associação dos Agricultores de Siquiriba; QUATIPURU: Monóculo da Vovó; Associação Quilombola de Sacatandeua; ANANINDEUA: Centro Cultural Rosa Luxemburgo; BELÉM: Cordel do Urubu; Vagalume Boi Bumbá da Marambaia; Cine Curau; Casa do Poeta Caeté.
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COORD. PEDAGÓGICA: ROSILENE CORDEIRO / MARCELO SILVA
COORDENAÇÃO: Francisco Weyl
COORD. PRODUÇÃO: Roberta Mártires
FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté – Ano 10
- Projeto aprovado pelo Edital n° 005/2025 – Fomento à Circulação de Projetos Culturais (PNAB), Segmento Patrimônio Cultural Material, com apoio do Ministério da Cultura e da Secretaria de Cultura do Estado do Pará (SECULT/PA).
@ficcacinema
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