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ARTESANIA TRACUATEUARA ENCERRA SEMINÁRIO DE ESTUDOS ÉTNICO-RACIAIS NO QUILOMBO DO TORRE

  • Foto do escritor: Francisco Weyl
    Francisco Weyl
  • há 4 dias
  • 4 min de leitura


O Quilombo do Torre, em Tracuateua, recebe no dia 20 de Novembro o Seminário de Estudos Étnico-Raciais. Na programação a estreia comunitária de “Artesania Tracuateuara”, filme realizado pelo Coletivo Quilombo do Torre, agora exibido pela primeira vez no território após sua apresentação internacional em Portugal. Além de  “Artesania Tracuateuara”, completam a sessão “Murerueua, Atinãna” e “#Feitiço”. , que

O retorno das imagens às comunidades que lhes dão origem compõe um gesto político de resistência do cinema amazônico contemporâneo, É a aplicação direta de um princípio metodológico estruturante do Cinema de Guerrilha e do FICCA: a devolutiva.

Diferentemente da mera exibição que toma o cinema como difusão e o público como um passivo receptáculo do espetáculo, a devolutiva funciona como dispositivo pedagógico e político, que compreende o filme como um processo de retorno e circulação.

“O filme nasce no território, atravessa outros espaços e precisa retornar para completar sua função social e formativa”, declara Francisco Weyl, criador do Ficca.

O filme em estreia acompanha Dona Maria, guardiã de um saber artesanal transmitido dentro do próprio Quilombo do Torre. Além do barro, o trabalho, sustento, continuidade e afirmação cultural da comunidade aparecem neste filme, através de diversas práticas. Ao retornar para a comunidade, o filme oferece às próprias pessoas retratadas a possibilidade de se verem, discutirem, ajustarem e reapropriarem a narrativa que ajudaram a construir.

Além de “Artesania Tracuateuara”, serão exibidos:

• Murerueua, Atinãna

Realização: Roberta Mártires — 3 minO curta propõe uma leitura contemporânea da Matintapereira a partir das margens do Tucunduba, relacionando cotidiano urbano, ancestralidade e território.

Realização: Rosilene Cordeiro — 20 minInspirado nos mitos das Icamiabas, articula mulheres, memória e reinvenção, com circulação anterior em mostras, escolas e cineclubes.

Os dois filmes chegam ao Quilombo do Torre pela primeira vez, reforçando o compromisso de fazer as obras dialogarem com os contextos sociais que atravessam.

Os três títulos integraram, no início de 2025, as primeiras sessões da 10ª edição do FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté, realizadas na Livraria Gato Vadio, no Porto (Portugal), como parte das ações do festival durante o estágio doutoral do coordenador do festival, Francisco Weyl, na Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa.

A circulação internacional ampliou a visibilidade dos filmes, mas o festival mantém como prioridade que toda exibição externa tenha correspondência interna: todo filme precisa retornar ao território que o inspira, o produz ou o convoca. Esse princípio orienta a sessão no Quilombo do Torre.

Não há política étnico-racial sem escuta territorial;não há cinema comunitário sem devolutiva.

Não há pesquisa amazônica sem retorno às pessoas que sustentam a vida e a memória do território.

Encerrar o Seminário de Estudos Étnico-Raciais com esta sessão significa reafirmar que o cinema amazônida — quando produzido em diálogo com as comunidades comopõe um processo formativo, gesto de responsabilização e construção coletiva de memória.


SERVIÇO – Estreia do filme ARTESANIA TRACUATEUARA

Dia 20.11.2025, Quilombo do Torre, a partir das 8h/17h

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AUDIODESCRIÇÃO — #ParaTodosVerem

Cartaz de um filme chamado “Artesania – Tracua Teuara”. O fundo é vermelho intenso, com textura leve. No centro do cartaz, em destaque, há uma mulher mais velha, de pele clara, cabelos grisalhos presos para trás. Ela está de pé, com expressão séria e tranquila, olhando para frente. Veste uma blusa verde-clara com estampa de círculos brancos e uma saia clara com detalhes suaves em rosa. Suas mãos estão cruzadas à frente do corpo.

Acima da imagem da mulher, o título ARTESANIA aparece em letras muito grandes e alongadas, na cor creme, ocupando quase toda a largura do cartaz. Abaixo do título, em letras menores, estão as palavras TRACUA (à esquerda) e TEUARA (à direita).

No topo do cartaz, alinhados às extremidades, aparecem os textos:À esquerda: “ASSOCIAÇÃO DE REMANESCENTES DE QUILOMBOLAS DO TORRE”.À direita: “FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA DO CAETÉ”.

Na parte inferior, em letras pequenas brancas sobre uma faixa vermelha, lê-se:“UM FILME DE: JOSÉ MARIA GOMES TIGRITA, DANILO GUSTAVO ASP, FRANCISCO WEYL / BANDA SONORA: BKILI. [PRODUÇÃO CINEMATOGRÁFICA: ARTE USINA CAETÉ]”.



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REALIZAÇÃO: X FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté / Arte Usina Caeté

PATROCÍNIO: Governo Federal/Ministério da Cultura; Governo do Pará/Secretaria de Cultura/Fundação Cultural do Pará, através da PNAB e Lei Semear; da Fundação Guamá, Parque de Ciência e Tecnologia - Guamá; Instituto Sustentabilidade da Amazônia com Ciência e Inovação; e Casa Poranga e de Seu Rompe Mato

APOIO CULTURAL: Multifário; Associação Remanescentes de Quilombolas do Torre/Tracuateua; Grupo de Pesquisas PERAU-PPGARTES-UFPA; Academia de Letras do Brasil; ALB-Bragança; Henrique Brito Avocacia.

APOIO INTERNACIONAL: Livraria Independente Gato Vadio (Porto); BEI Film; Escola Superior de Teatro e Cinema - Instituto Politécnico de Lisboa; Associação Nacional de Cinema e Audiovisual de Cabo Verde; Fundação Servir Cinema Cinema - Cabo Verde

PARCERIA: BRAGANÇA: CVC; Pousada de Ajuruteua; Pousada Casa Madrid; Pousada Aruans Casarão; Mexericos na Maré; Paróquia de São João Batista; AUGUSTO CORREA: Escola Lauro Barbosa dos Santos Cordeiro - Patal; EMEF André Alves – Nova Olinda. PRIMAVERA: Vereador Waldeir Reis; Espaço Cultural Casa da Vózinha; Associação dos Produtores de Guarumandeua; Associação dos Agricultores de Siquiriba; QUATIPURU: Monóculo da Vovó; Associação Quilombola de Sacatandeua; ANANINDEUA: Centro Cultural Rosa Luxemburgo; BELÉM: Cordel do Urubu; Vagalume Boi Bumbá da Marambaia; Cine Curau; Casa do Poeta Caeté.

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COORD. PEDAGÓGICA: ROSILENE CORDEIRO / MARCELO SILVA

COORDENAÇÃO: Francisco Weyl

COORD. PRODUÇÃO: Roberta Mártires

FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté – Ano 10

- Projeto aprovado pelo Edital n° 005/2025 – Fomento à Circulação de Projetos Culturais (PNAB), Segmento Patrimônio Cultural Material, com apoio do Ministério da Cultura e da Secretaria de Cultura do Estado do Pará (SECULT/PA).

@ficcacinema


 
 
 

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