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O Cineclube Amazonas Douro reúne dois rios, o Douro e o Amazonas, que desaguam em um único oceano

Atualizado: 18 de mar. de 2021


Oceano que divide e une estes rios de culturas díspares, rios em que o som de suas correntes sintetizam uma única língua, a portuguesa.

Rios dialécticos que interferem na filosofia e transformam a vida de seus dois povos, distantes mas vizinhos por meio de uma estética que compreende a arte como um acto de coragem: nadar contra a corrente.

O Cineclube Amazonas Douro é uma praxis definida através de uma concepção essencialmente poético-filosófica do homem enquanto criador artístico.

A ideia de articular encontros entre poetas e realizadores amazónicos, africanos e lusíadas para partilhar teorias e praxis artísticas nasceu em 1998, na foz do Douro, na cidade do Porto, em Portugal.

O acto de criação do Cineclube Amazonas Douro ocorreu durante o Concílio Artístico Luso-Brasileiro, realizado no ano de 2003, na cidade de Belém, Estado do Pará, Região Norte, Amazónia, Brasil, expandindo-se a partir daí para Cabo Verde (Cidade da Praia), estabelecendo uma conexão luso-afro-brasileira.

O Cineclube Amazonas Douro estabelece a comunhão artística entre os poetas e os realizadores amazónicos, africanos e lusíadas. Esta comunhão tem sido realizada nos encontros em que se fazem projecções de filmes, exposições de fotografias, leituras de poemas e conferências artísticas e filosóficas, e também através de projectos editoriais, como revistas e livros, bem como outros projectos articulados com a Internet que tenham estes mesmos propósitos.

No dia 3 de Abril de 2003, Sério Fernandes e José Mojica Marins, o “Zé do Caixão”, tornaram-se presidentes de honra do Cineclube Amazonas Douro, que passou a ser coordenado por Zenito Weyl, em Belém, Pará Amazónia, Brasil.

Além de realizar acções de intervenção artística e social nos bairros de periferia de Belém, Pará, Amazónia, Brasil, e na cidade do Porto, Portugal, o Cineclube Amazonas Douro criou e editou a revista de arte e filosofia Pará Zero Zero, entre 2003/2005.

Hoje, o Amazonas Douro conta com apoio de instituições de ensino superior no Brasil e em Portugal, como a Escola Superior Artística do Porto, a Universidade Federal do Pará, a Universidade da Amazônia, o Instituto Federal de Tecnologia do Pará, e a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará.

Situado numa fértil região em que as relações de poder germinam as próprias contradições, o cinema fabrica e destrói sonhos.

Arte e indústria em simultâneo, o cinema escreve com fotogramas a história do homem: conscientiza, ilude, diverte, reflecte, propõe, aliena, dicotomiza, supera diferenças.

Pensado e realizado neste campo paradoxal e inspirado fundamentalmente na poética de realizadores como António Reis e Glauber Rocha, o projecto do Cineclube Amazonas Douro afirma uma concepção estética em que a sua natureza filosófica restitui ao cinema o próprio estado de magia dionisíaca.

Aprofundar questões filosóficas que resgatam e radicalizam a arte. Apossar-se da natureza mítica, simbólica e dionisíaca do cinema. Projectar esta magia no imaginário de todos que o realizam. Desabrochar nos corações e mentes o estado absoluto da comunhão da arte com a poesia. Esta é a meta do Cineclube Amazonas Douro.

Tais objectivos tem sido conquistados através do cinema poético, que ainda resiste de forma independente e que se realiza fora do domínio da cultura técnico-comercial e ao leste de Hollywood, um cinema criado sem economia de esforços e com a coragem absoluta de afrontar o lugar comum das produções cinematográficas financiadas pela indústria cultural global.

Há anos, o projecto do Cineclube Amazonas Douro tem atravessado oceanos e percorrido algumas cidades pelo mundo (Barcelona, Espanha; Bolonha, Itália; Porto, Portugal; Belém, Brasil, e Cidade da Praia, Cabo Verde), estabelecendo a comunhão artística entre os poetas e os realizadores amazónicos e lusíadas, através de encontros em que se fazem projecções de filmes, exposições de fotografias, leituras de poemas e conferências artísticas e filosóficas, e também através de projectos editoriais, como revistas e livros, bem como outros projectos articulados com a Internet que tenham estes mesmos propósitos.

PROJECTO AMAZONAS-DOURO

RESUMO:

O Projecto Amazonas-Douro nasceu à foz do Douro, na cidade do Porto, em Portugal. Pressupõe a divulgação da arte amazónica, projecção de filmes, leituras de poemas e conferências artísticas e filosóficas. O objectivo é estabelecer uma comunhão artística entre poetas e realizadores portugueses e brasileiros, para divulgar e aprofundar a arte e a poética cinematográfica amazónica e lusíada pelo mundo.

Na segunda vez que este projecto foi realizado em Belém, Pará, Brasil, em 2003, estiveram presentes, entre outros artistas, o mestre de cinema da Escola do Porto, Sério Fernandes, e José Mojica Marins, o “Zé do Caixão”, que aceitaram o desafio de tornarem-se presidentes de honra do CINECLUBE AMAZONAS DOURO, fundado durante o Concílio Artístico Luso-Brasileiro e que passou a editar a revista de arte e filosofia Pará Zero Zero, bem como realizar acções de intervenção artística e social nos bairros de periferia de Belém, Pará, Amazónia, Brasil, na cidade do Porto, Portugal, e na Cidade da Praia, em Cabo Verde.

Há 8 anos, o Cineclube Amazonas Douro realiza o FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté, com apoio de vários parceiros entre estes o Conselho Nacional de Cineclubes.




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