Salão Beneditino recebe o X FICCA sob a voz do Professor Ribamar
- Francisco Weyl

- 25 de jul.
- 4 min de leitura
Atualizado: 14 de out.
O Salão Beneditino testemunha promessas, encontros e tradições que atravessam gerações. Erguido pela fé e pela força de sua gente à beira da orla de Bragança na década de 1980 graças ao trabalho comunitário liderado pelo saudoso Sr. Moisés Isaac Abdon Braun, o Salão nasceu de doações de fiéis e devotos de São Benedito, padroeiro tão profundamente amado pelo povo bragantino.
É ali, ano após ano, que famílias se reúnem para leilões de mantimentos, víveres, obras de arte e todo tipo de oferta generosa que sustenta a Festividade e perpetua a Esmolação, práticas que alimentam o corpo e a alma de toda uma comunidade.
Este ano, o Salão Beneditino amplia sua missão de reunir e acolher: será o palco oficial de abertura do X Festival Internacional de Cinema do Caeté — FICCA, celebrando dez anos de imagens, memórias e encontros que projetam Bragança para o mundo.
Abertura oficial: cinema se ergue sobre a história
Na manhã do dia 8 de dezembro, a chegada da Comitiva de São Benedito das Praias à orla marca o início simbólico dessa celebração de fé e cultura. Às 11h, o Almoço Cultural de Acolhimento, preparado pela Cozinha da Mestra Bacana, receberá artistas, convidados e a comunidade, embalados por apresentações de Del Max, Evandro Mesquita, Cuité, Mateus Moura e Buscapé Blues, na Feira do Agricultor Rural. A programaçãk se extenderá até 14h.
Já no Salão Beneditino, a programação solene tem hora para começar: 16h30, quando a Professora-Mestra Edilene Rosa abrirá oficialmente os trabalhos. A cerimônia contará com o Hino de Bragança, entoado à capela por Evandro Mesquita, a presença de gestores públicos municipais além de parceiros do Brasil, Portugal e Cabo Verde.
Entre estes, já confirmados, o realizador Júlio Silvão, da Fundação Servir Cinema (CV), o realizador Luís Costa, e a psicologa e ativista Cláudia Sá (PT).
No coração da abertura, uma voz que é parte viva da memória bragantina: o Professor Ribamar Gomes de Oliveira, que conduzirá a Conferência de Abertura — “Bragança: Imagens da Memória — Cinemas, Ruas e Lendas na História Viva da Cidade”. Um encontro entre o passado e o futuro, onde se revela o que Bragança guarda de mais precioso: suas histórias.
A solenidade inclui ainda a projeção di filme 7 Pontes com declamação de poema ao vivo por Manoel Ramos, além do anúncio dos filmes premiados, as saudações institucionais, a entrega de comendas pela Academia de Letras do Brasil – Seccional Bragança do Pará e um coffee break de confraternização.
Bragança respira cinema: o FICCA segue em movimento
Após a noite de abertura, o Festival se espalha pelos caminhos do Caeté:
9 de dezembro (terça-feira)Mostra Competitiva no Auditório do IFPA – Campus Bragança (9h às 12h | 14h às 18h)Vivência em Augusto Corrêa, com saída às 16h, roda de conversa às 16h30, sessão cineclubista na Escola Lauro Barbosa dos Santos Cordeiro (Patal) às 18h e retorno a Bragança para jantar às 20h30.
10 de dezembro (quarta-feira)Mostra Competitiva segue no IFPA (9h às 12h | 14h às 18h)Vivência em Ajuruteua, com saída às 9h, rodas de conversa, almoço coletivo, sessão cineclubista ao entardecer (local a confirmar) e retorno a Bragança.Sessão da Meia-Noite, na Adega do Rei, para provar que nesta cidade o cinema nunca dorme.
Devoção e cultura, mãos dadas no Salão
Assim, o Salão Beneditino, símbolo da fé bragantina, se torna também altar do cinema. Lugar de encontros, partilhas e narrativas vivas, que reafirma Bragança como terra que acolhe, celebra e projeta para além de suas margens a força de sua cultura.
No X FICCA, Bragança mostra que sua história não cabe em um único filme — mas cabe, inteira, dentro do coração de quem a vive.
Carpinteiro de Poesia
O X FICCA - FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA DO CAETÉ tem o patrocínio PNAB / MINC - GOVERNO DO PARÁ/SECULT - LEI SEMEAR/FUNDAÇÃO CULTURAL DO PARÁ; iSACI.

Fotografia tirada em um dia ensolarado mostra três mulheres caminhando juntas sobre uma faixa de pedestres de pedras portuguesas brancas e pretas. Elas seguem da direita para a esquerda da imagem.
Ao fundo, destaca-se um prédio histórico de fachada branca com detalhes em azul claro, janelas arqueadas e colunas. No topo do edifício há duas esculturas: à esquerda, uma figura feminina vestida de vermelho; à direita, uma figura segurando uma criança no colo.
As mulheres estão vestidas de forma leve e colorida — uma com roupa vermelha, outra com vestido azul e a terceira com vestido estampado — sugerindo clima quente. Uma bicicleta aparece parcialmente no canto direito, reforçando a atmosfera tranquila de cidade pequena.
O céu está claro, com algumas nuvens dispersas.
REALIZAÇÃO: X FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté / Arte Usina Caeté
PATROCÍNIO: Governo Federal/Ministério da Cultura; Governo do Pará/Secretaria de Cultura/Fundação Cultural do Pará, através da PNAB e Lei Semear; da Fundação Guamá, Parque de Ciência e Tecnologia - Guamá; Instituto Sustentabilidade da Amazônia com Ciência e Inovação; e Casa Poranga e de Seu Rompe Mato
APOIO CULTURAL: Multifário; Associação Remanescentes de Quilombolas do Torre/Tracuateua; Grupo de Pesquisas PERAU-PPGARTES-UFPA; Academia de Letras do Brasil; ALB-Bragança; Henrique Brito Avocacia.
APOIO INTERNACIONAL: Livraria Independente Gato Vadio (Porto); BEI Film; Escola Superior de Teatro e Cinema - Instituto Politécnico de Lisboa; Associação Nacional de Cinema e Audiovisual de Cabo Verde; Fundação Servir Cinema Cinema - Cabo Verde
PARCERIA: BRAGANÇA: CVC; Pousada de Ajuruteua; Pousada Casa Madrid; Pousada Aruans Casarão; Mexericos na Maré; Paróquia de São João Batista; AUGUSTO CORREA: Escola Lauro Barbosa dos Santos Cordeiro - Patal; EMEF André Alves – Nova Olinda. PRIMAVERA: Vereador Waldeir Reis; Espaço Cultural Casa da Vózinha; Associação dos Produtores de Guarumandeua; Associação dos Agricultores de Siquiriba; QUATIPURU: Monóculo da Vovó; Associação Quilombola de Sacatandeua; ANANINDEUA: Centro Cultural Rosa Luxemburgo; BELÉM: Cordel do Urubu; Vagalume Boi Bumbá da Marambaia; Cine Curau; Casa do Poeta Caeté.




Comentários