FICCA experimenta o Documentário em Oficina na Escola República de Portugal
- Francisco Weyl

- 25 de set.
- 4 min de leitura
Atualizado: 14 de out.
O Festival Internacional de Cinema do Caeté – FICCA, que em 2025 celebra sua décima edição, reafirma que a formação é a alma do festival. Mais do que exibir filmes, o FICCA constrói processos pedagógicos e artísticos que se reinventam em cada território, moldando-se à realidade local e às pessoas que dela fazem parte.
Nos dias 1 e 3 de outubro, a Escola República de Portugal, no bairro da Marambaia, será palco da oficina “Exercitando o Documentário”, conduzida por Mateus Moura – cineclubista e realizador com 15 anos de trajetória – e com participação especial de Karina Diaz, atriz e arte-educadora. Os dois lideram o processo, propondo dinâmicas de criação sensível e audiovisual junto aos estudantes, que se tornam também protagonistas na construção das narrativas.
A oficina tem como eixo o Água Cristal, igarapé que atravessa o bairro e margeia a escola, e servirá de inspiração para experimentações documentais, performances poéticas e registros audiovisuais. Mateus Moura, a partir de sua pesquisa sobre pedagogias alternativas do cinema na Amazônia, orientará a produção de microdocumentários e cinepoemas. Já Karina Diaz trará sua experiência em artes cênicas, percussão e dramaturgia para conduzir dinâmicas corporais, sonoras e de memória coletiva.
Embora exista um cronograma indicativo, o FICCA trabalha de modo experimental e aberto: as atividades surgem do diálogo com o território e com os saberes da comunidade escolar. Nesse espírito, a oficina incorporará contribuições de parceiros locais como o Grupo Vagalume e a Codel do Urubu, ampliando o gesto audiovisual com música e coletividade.
Trechos de produções realizadas em oficinas anteriores, como “Murerureua-Ati-nã-nã” (Roberta Mártires) e “Artesania Caeteuara” (Quilombo do Torre), também serão apresentados como referência. A equipe do festival – com Francisco Weyl, Rosilene Cordeiro, Marcelo Rodrigues e Roberta Mártires – atua em colaboração, reforçando o caráter político-pedagógico do FICCA e apoiando o trabalho conduzido por Mateus e Karina.
Cinema em movimento
Itinerante, o FICCA há uma década percorre escolas públicas, quilombos, aldeias indígenas, comunidades ribeirinhas e periferias urbanas, sempre em diálogo com educadores, artistas e coletivos locais. Nesse movimento, surgem cineclubes, coletivos audiovisuais e produções que cruzam fronteiras entre documentário, poesia e performance.
Na Marambaia, com Mateus Moura e Karina Diaz à frente, o encontro será um laboratório de convivência, invenção e pertencimento, onde o cinema se faz memória, resistência e criação coletiva.
Serviço
Oficina de Criação Cinematográfica: Exercitando o Documentário
Local: Escola República de Portugal – Marambaia
Datas: 1 e 3 de outubro de 2025
Horário: 8h às 12h
Oficineiro: Mateus Moura
Participação especial: Karina Diaz
Público-alvo: Estudantes do ensino fundamental II e médio
Carga horária: 10h
Mais informações: @ficcacinema

🎧 Audiodescrição da Imagem – Oficina de Cinema de Guerrilha: Exercitando o Documentário
Cartaz colorido, vibrante e repleto de elementos gráficos ligados ao cinema e à natureza amazônica.O fundo é em tons suaves de verde e bege, com áreas em vermelho, amarelo e azul que destacam textos e ilustrações.
Na parte superior, há três blocos verticais.À esquerda, aparece a figura icônica do caruanado-cineasta, um corpo com fitas coloridas que carrega no lugar da cabeça uma antiga câmera de cinema preta com a palavra Ficca escrita.No centro, uma ilustração em tons de azul mostra um rio que serpenteia pela floresta, cercado de mãos erguidas e rostos humanos, evocando resistência e conexão com a natureza.À direita, em fundo amarelo, estão os logotipos do Festival Internacional de Cinema do Caeté – FICCA.
Logo abaixo, uma faixa vermelha traz em letras pretas o título principal:“Oficina de Cinema de Guerrilha”.
Na sequência, em letras coloridas, o subtítulo:“Exercitando o Documentário”, com tipografia dinâmica em amarelo e roxo.
Ao centro do cartaz, destaca-se a ilustração de uma figura de corpo humano com uma câmera no lugar da cabeça, semelhante a um ser mítico. Fitas coloridas fluem de seus ombros, e o cenário ao fundo sugere uma paisagem praiana, evocando vento e movimento.
Na parte inferior, aparecem as informações da oficina:
Oficineiro: Mateus Moura
Participação: Karina Díaz
Data: 1 a 3 de outubro, das 8h às 12h
Local: Escola Municipal República de Portugal, Rua Anchieta, 350 – Marambaia, Belém do Pará.
Abaixo, uma faixa reúne os logotipos de instituições parceiras, apoiadores e patrocinadores, entre eles o Governo do Pará, Ministério da Cultura e Governo Federal – Brasil, União e Reconstrução.No canto inferior direito, o logotipo do FICCA e o selo de realização: ArtesinoCaeté.
O cartaz transmite energia criativa, engajamento e espírito comunitário, com estética inspirada no cinema independente e na arte popular amazônica.
REALIZAÇÃO: X FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté / Arte Usina Caeté
PATROCÍNIO: Governo Federal/Ministério da Cultura; Governo do Pará/Secretaria de Cultura/Fundação Cultural do Pará, através da PNAB e Lei Semear; da Fundação Guamá, Parque de Ciência e Tecnologia - Guamá; Instituto Sustentabilidade da Amazônia com Ciência e Inovação; e Casa Poranga e de Seu Rompe Mato
APOIO CULTURAL: Multifário; Associação Remanescentes de Quilombolas do Torre/Tracuateua; Grupo de Pesquisas PERAU-PPGARTES-UFPA; Academia de Letras do Brasil; ALB-Bragança; Henrique Brito Avocacia.
APOIO INTERNACIONAL: Livraria Independente Gato Vadio (Porto); BEI Film; Escola Superior de Teatro e Cinema - Instituto Politécnico de Lisboa; Associação Nacional de Cinema e Audiovisual de Cabo Verde; Fundação Servir Cinema Cinema - Cabo Verde
PARCERIA: BRAGANÇA: CVC; Pousada de Ajuruteua; Pousada Casa Madrid; Pousada Aruans Casarão; Mexericos na Maré; Paróquia de São João Batista; AUGUSTO CORREA: Escola Lauro Barbosa dos Santos Cordeiro - Patal; EMEF André Alves – Nova Olinda. PRIMAVERA: Vereador Waldeir Reis; Espaço Cultural Casa da Vózinha; Associação dos Produtores de Guarumandeua; Associação dos Agricultores de Siquiriba; QUATIPURU: Monóculo da Vovó; Associação Quilombola de Sacatandeua; ANANINDEUA: Centro Cultural Rosa Luxemburgo; BELÉM: Cordel do Urubu; Vagalume Boi Bumbá da Marambaia; Cine Curau; Casa do Poeta Caeté.
...
COORD. PEDAGÓGICA: ROSILENE CORDEIRO / MARCELO SILVA
COORDENAÇÃO: Francisco Weyl
COORD. PRODUÇÃO: Roberta Mártires
FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté – Ano 10
@ficcacinema




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