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FICCA atravessa setembro com cinema insurgente em Quatipuru e Primavera

  • Foto do escritor: Francisco Weyl
    Francisco Weyl
  • 8 de set.
  • 5 min de leitura

Atualizado: 14 de out.


 

Belém, 8 de setembro de 2025 — O FICCA — Festival Internacional de Cinema do Caeté — segue sua travessia pela Amazônia com o cinema pulsando nos corpos, nas vozes e na memória coletiva.



O Festival Internacional de Cinema do Caeté (FICCA) volta a movimentar o nordeste paraense com sua itinerância formativa. De 17 a 21 de setembro de 2025, o festival ocupa Quatipuru e Primavera, reforçando sua vocação de não apenas exibir filmes, mas formar coletivos audiovisuais de resistência.

“O gesto não é inédito — e é justamente esse retorno que faz a diferença”, diz o coordenador pedagógico das oficinas audiovisuais, Marcelo Rodrigues.

Em Quatipuru, o FICCA esteve há poucas semanas, em agosto, no Monóculo da Vovó, e agora volta para aprofundar o vínculo. Em Primavera, a parceria se consolida desde 2022, tornando-se espaço de encontro contínuo entre cinema, memória e mobilização comunitária.

Assim também já foi em Augusto Corrêa e em Belém, onde oficinas e rodas de conversa deixaram sementes plantadas em jovens realizadores. Ainda faltam Ananindeua e Tracuateua para fechar a itinerância.

A culminância será em Bragança e Augusto Correa, dias 8, 9 e 10 de Dezembro.

A coordenadora pedagógica das oficinas artísticas, Rosilene Cordeiro, diz que cada oficina é uma escola viva, onde a câmera é pretexto para pensar o território, a coletividade e a luta.

A formação que o FICCA propõe é prática e teórica ao mesmo tempo: dinâmica de palavras, objetos, frases coletivas e desenhos transformam-se em exercícios de criação e consciência crítica.

Ao final, cada noite se abre em sessão cineclubista, em que os filmes dialogam com a comunidade e devolvem perguntas urgentes como quem conta nossas histórias hoje?

Acompanhe .

AGENDA - FICCA PRIMAVERA/QUATIPURU

17/09 – Quilombo Sacatandeua, QuatipuruPalavras-gatilho como raiz, tambor e sangue abrem a primeira dinâmica, seguida da roda de conversa “Cinema e Ativismo – Imagens que lutam, gritam e transformam”. À noite, a exibição de filmes culmina no debate cineclubista “Quem conta nossas histórias hoje?”.

18/09 – Marujada de PrimaveraObjetos do cotidiano viram disparadores de memória e criação coletiva, conduzindo à roda “Cinema Urgente – Fazer Junto, Contar Junto, Viver Junto”. O dia termina com exibições e debate cineclubista.

19/09 – Associação dos Agricultores de SiquiribaAqui, a oficina transforma palavras em manifesto coletivo, lido em voz alta como ato político. A roda de conversa trata de “Ação Direta, Mobilização e Narrativas Instantâneas”, seguida por sessão e debate sobre imagens que resistem.

20/09 – Associação dos Pequenos Agricultores do GuarumandeuaNa dinâmica “Palavra-Imagem”, símbolos desenhados se convertem em roteiros coletivos, abrindo caminho para a roda “Cartografias Afetivas – Filmes que Mapeiam o Território”. À noite, o debate se volta ao cinema como ferramenta de educação popular e transformação social.

O que move o FICCA é essa possibilidade de estar nos territórios, voltar a eles, partilhar e aprender junto. Em Sacatandeua, Siquiriba, Guarumandeua, na Marujada de Primavera ou no Monóculo da Vovó, cada encontro é um gesto de resistência: a câmera como tambor, o roteiro como raiz, o filme como ato de memória e futuro.

 

 

O FICCA e seu diferencial

Criado por Francisco Weyl, poeta, jornalista e cineasta conhecido como “carpinteiro da poesia”, o FICCA constrói uma estética única: cinema feito a partir da escuta, da memória e da improvisação, com recursos simples que se transformam em potência estética. Mais do que exibir filmes, o festival forma cineastas coletivos, gera produções que são ao mesmo tempo arte e documento de resistência, e cria uma rede internacional de trocas entre Amazônia, Portugal, Cabo Verde e América Latina.

 

O festival se diferencia por levar a prática audiovisual às mãos de quem raramente tem acesso a políticas culturais, principalmente jovens de comunidades periféricas e tradicionais. Cada oficina é oportunidade para criar, experimentar e se expressar, mostrando que o cinema pode nascer da realidade local e falar para o mundo.

 

Juventude, território e futuro

Em tempos de escassez de políticas culturais, o FICCA oferece à juventude amazônica um espaço de invenção e pertencimento, onde aprender a filmar é aprender a se ver, se ouvir e se reconhecer. Cada imagem produzida, cada filme exibido, é prova de que cinema é memória viva, ação política e experiência coletiva.

 

Serviço

 

Sacatandeua – 17 de setembro Oficina Ancestralidade e Cinema Ativista + sessão cineclubista Local: Associação Quilombola de Sacatandeua

 

Primavera – 18 a 20 de setembro Oficinas de Cinema Urgente e Comunitário, Ação Direta e Narrativas Instantâneas e Cartografias Afetivas + sessões cineclubistas Locais: Marujada de Primavera, Associação dos Agricultores de Siquiriba e Associacao dos Pequenos Agricultores do Guarumandeua .

 

Todas as atividades são gratuitas e abertas à comunidade.


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🎬 Audiodescrição – Festival Internacional de Cinema do Caeté: Quatipuru & Primavera

O cartaz tem formato vertical e fundo artístico com tons de verde, amarelo e laranja, criando uma atmosfera tropical e luminosa.

Na parte superior, lê-se em letras amarelas:“FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA CAETÉ”.

Logo abaixo, em letras azuis, está a data:“17 A 21 DE SETEMBRO”.

A imagem central mostra a silhueta de várias pessoas sentadas ao redor de uma mesa, em um ambiente que lembra uma roda de conversa ou oficina. As figuras estão em sombra, enquanto o fundo é iluminado por uma luz amarela que entra pela lateral direita, destacando folhagens e murais coloridos nas paredes.

No canto superior direito, há o desenho de uma câmera de filmagem suspensa, simbolizando o cinema.

Na parte inferior, em letras grandes e vibrantes:“QUATIPURU & PRIMAVERA” — com “Quatipuru” em verde e “Primavera” em lilás.

Abaixo, sobre uma faixa bege, aparecem os logotipos de patrocínio, apoios culturais e parcerias, incluindo o Governo do Pará, Ministério da Cultura, Lei Aldir Blanc, iSACI, e outros coletivos e instituições culturais.

À esquerda, há a figura simbólica de um personagem com corpo humano e cabeça de projetor de cinema, com fitas coloridas saindo de suas mãos — marca visual do festival.

No canto inferior direito, está o logotipo do evento: “Ficca.” com o ícone de uma cadeira de diretor.


REALIZAÇÃO: X FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté / Arte Usina Caeté

PATROCÍNIO: Governo Federal/Ministério da Cultura; Governo do Pará/Secretaria de Cultura/Fundação Cultural do Pará, através da PNAB e Lei Semear; da Fundação Guamá, Parque de Ciência e Tecnologia - Guamá; Instituto Sustentabilidade da Amazônia com Ciência e Inovação; e Casa Poranga e de Seu Rompe Mato

APOIO CULTURAL: Multifário; Associação Remanescentes de Quilombolas do Torre/Tracuateua; Grupo de Pesquisas PERAU-PPGARTES-UFPA; Academia de Letras do Brasil; ALB-Bragança; Henrique Brito Avocacia.

APOIO INTERNACIONAL: Livraria Independente Gato Vadio (Porto); BEI Film; Escola Superior de Teatro e Cinema - Instituto Politécnico de Lisboa; Associação Nacional de Cinema e Audiovisual de Cabo Verde; Fundação Servir Cinema Cinema - Cabo Verde

PARCERIA: BRAGANÇA: CVC; Pousada de Ajuruteua; Pousada Casa Madrid; Pousada Aruans Casarão; Mexericos na Maré; Paróquia de São João Batista; AUGUSTO CORREA: Escola Lauro Barbosa dos Santos Cordeiro - Patal; EMEF André Alves – Nova Olinda. PRIMAVERA: Vereador Waldeir Reis; Espaço Cultural Casa da Vózinha; Associação dos Produtores de Guarumandeua; Associação dos Agricultores de Siquiriba; QUATIPURU: Monóculo da Vovó; Associação Quilombola de Sacatandeua; ANANINDEUA: Centro Cultural Rosa Luxemburgo; BELÉM: Cordel do Urubu; Vagalume Boi Bumbá da Marambaia; Cine Curau; Casa do Poeta Caeté.

...

COORD. PEDAGÓGICA: ROSILENE CORDEIRO / MARCELO SILVA

COORDENAÇÃO: Francisco Weyl

COORD. PRODUÇÃO: Roberta Mártires

FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté – Ano 10

@ficcacinema

 
 
 

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