Expressão e experimentação audiovisual entre estudantes da EJAI em Icoaraci
- Francisco Weyl

- 6 de out.
- 5 min de leitura
Atualizado: 20 de out.
Uma oficina nasce do encontro entre arte, educação e resistência no cotidiano da EMEF Maria Madalena Raad, em Icoaraci: Oficina “Objetos Narrativos e Cenas Audiovisuais na EJAI: Currículo Amazônico em Ação”. A atividade propõe um mergulho na vivência e experimentação audiovisual como caminho de expressão e escuta para os estudantes da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI) — especialmente aqueles que cursam o primeiro e segundo níveis, correspondentes às etapas do Ensino Fundamental e Médio.
Mediada por Ila Falcão — atriz, cenógrafa e figurinista formada pela Escola de Teatro e Dança da UFPA, além de aderecista, bordadeira e educadora social com atuação em costura criativa e economia solidária e sustentável —, a oficina busca provocar o olhar, o gesto e a palavra, abrindo espaço para que os participantes experimentem o audiovisual como linguagem da vida cotidiana, capaz de transformar memórias, sentimentos e objetos simples em narrativas visíveis e audíveis.
“Nós vamos trabalhar com material reciclável, optando por uma proposta acessível e lúdica, considerando o perfil das duas turmas, que incluem idosos e pessoas com deficiência. É uma oficina que se apoia na estética do oprimido, explorando a imagem, o som e a palavra, compreendendo como esses elementos se cruzam e ajudam a criar meios de tornar nossas narrativas possíveis, escutáveis”, explica a oficineira.
O processo inclui o registro audiovisual da construção das atividades, valorizando não apenas o produto final, mas também as histórias e afetos que emergem durante o percurso.
“A gente vai registrar a construção e, ao mesmo tempo, as narrativas que surgirem. Queremos fazer uma devolutiva — um filme curto — que sintetize esse processo coletivo”, destaca Rosilene Cordeiro, coordenadora pedagógica das oficinas artísticas do FICCA.
Cerca de 25 estudantes participam da experiência, que pretende estimular o uso do audiovisual como instrumento de educação popular, inclusão e fortalecimento da memória comunitária. A oficina também visa fortalecer redes culturais e criar bases para um coletivo audiovisual escolar, capaz de dar continuidade às práticas artísticas e formativas iniciadas durante o encontro.
O trabalho integra uma rede de formações do X FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté, que desde sua criação articula experiências audiovisuais como ferramentas de educação, memória e resistência cultural na Amazônia.
Em sua décima edição, o FICCA começou em janeiro de 2025, no Porto (Portugal), na Livraria Gato Vadio, e se estende por diversos territórios em três países — Brasil, Cabo Verde e Portugal —, mantendo uma pegada inclusiva, cineclubista e formativa. O festival constrói um cinema de resistência amazônica, alimentado por sessões, rodas de conversa e formações contínuas que seguem um plano pedagógico inspirado em Paulo Freire e Augusto Boal, promovendo o diálogo entre estética, política e educação.
A culminância do festival acontecerá nos municípios de Bragança, Augusto Corrêa e Tracuateua, nos dias 8, 9 e 10 de dezembro, reunindo criadores, educadores e comunidades em celebração às imagens e vozes que brotam do território amazônico.
Serviço
Oficina: Objetos Narrativos e Cenas Audiovisuais na EJAI: Currículo Amazônico em Ação
Mediação: Ila Falcão(Atriz, cenógrafa, figurinista pela Escola de Teatro e Dança da UFPA; aderecista, bordadeira e educadora social, com atuação em costura criativa e economia solidária e sustentável.)
Público: Estudantes da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI) – 1º e 2º níveis
Local: EMEF Maria Madalena Raad - Passagem São José de Ribamar, s/n [Entrada pela Trav. Berredos - Agulha - Icoaraci, Belém, Pará]
Datas: 7 e 8 de outubro
Horário: 19h às 21h
Realização: X FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté e Casa Poronga
Apoio: Rosilene Cordeiro, Marcelo Rodrigues, Francisco Weyl e Roberta Mártires

🎧 Audiodescrição da Imagem – Oficina com Ila Falcão
Cartaz em tons quentes e intensos, predominando o laranja, com toques de verde, azul e rosa vibrante, transmitindo energia, movimento e criatividade.
No topo, lê-se em letras elegantes e amarelas: “Festival Internacional de Cinema do Caeté”.À esquerda, o logotipo do festival: uma cadeira de diretor preta com o nome Ficca logo abaixo.
A imagem central apresenta uma figura simbólica e não humana, inspirada em entidades das águas e das florestas amazônicas.Seu corpo, feito de formas fluidas e coloridas, mistura-se a fitas multicoloridas — em rosa, azul, verde e amarelo — que parecem dançar ao vento.No lugar da cabeça, há uma bobina de filme, e de seu tronco emerge uma câmera de cinema apontando para frente, como se estivesse gravando ou revelando uma nova realidade.À frente dessa figura, outra silhueta — também abstrata, em azul escuro — se movimenta com leveza, como se participasse de uma dança ritualística entre o cinema e a natureza.
À esquerda da imagem, o texto informa:“Objetos Narrativos e Cenas Audiovisuais na EJA: Currículo Amazônico em Ação. Oficina com Ila Falcão.”
Abaixo, o local e data:EMEF Maria Madalena RaadPassagem São José de Ribamar, s/nTrav. Beira Águia, Icoaraci, Belém (PA)Datas: 7 e 8 de outubro.
Na parte inferior, aparecem os logotipos dos patrocinadores e apoiadores, entre eles:Governo do Pará, Fundação Cultural do Pará, Secretaria de Cultura, Ministério da Cultura, Governo Federal – Brasil, União e Reconstrução, ISACI, Fundação Guamá, e o selo da Lei Aldir Blanc.
Também estão representados os apoios culturais e internacionais — como ESTC, Beifilm, e coletivos de cinema e arte popular — sob a assinatura da ArtesinoCaeté.
A composição evoca o encontro entre o cinema, a educação e a ancestralidade amazônica, com uma estética simbólica que traduz a força poética do audiovisual como ferramenta de transformação social.
REALIZAÇÃO: X FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté / Arte Usina Caeté
PATROCÍNIO: Governo Federal/Ministério da Cultura; Governo do Pará/Secretaria de Cultura/Fundação Cultural do Pará, através da PNAB e Lei Semear; da Fundação Guamá, Parque de Ciência e Tecnologia - Guamá; Instituto Sustentabilidade da Amazônia com Ciência e Inovação; e Casa Poranga e de Seu Rompe Mato
APOIO CULTURAL: Multifário; Associação Remanescentes de Quilombolas do Torre/Tracuateua; Grupo de Pesquisas PERAU-PPGARTES-UFPA; Academia de Letras do Brasil; ALB-Bragança; Henrique Brito Avocacia.
APOIO INTERNACIONAL: Livraria Independente Gato Vadio (Porto); BEI Film; Escola Superior de Teatro e Cinema - Instituto Politécnico de Lisboa; Associação Nacional de Cinema e Audiovisual de Cabo Verde; Fundação Servir Cinema Cinema - Cabo Verde
PARCERIA: BRAGANÇA: CVC; Pousada de Ajuruteua; Pousada Casa Madrid; Pousada Aruans Casarão; Mexericos na Maré; Paróquia de São João Batista; AUGUSTO CORREA: Escola Lauro Barbosa dos Santos Cordeiro - Patal; EMEF André Alves – Nova Olinda. PRIMAVERA: Vereador Waldeir Reis; Espaço Cultural Casa da Vózinha; Associação dos Produtores de Guarumandeua; Associação dos Agricultores de Siquiriba; QUATIPURU: Monóculo da Vovó; Associação Quilombola de Sacatandeua; ANANINDEUA: Centro Cultural Rosa Luxemburgo; BELÉM: Cordel do Urubu; Vagalume Boi Bumbá da Marambaia; Cine Curau; Casa do Poeta Caeté.
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COORD. PEDAGÓGICA: ROSILENE CORDEIRO / MARCELO SILVA
COORDENAÇÃO: Francisco Weyl
COORD. PRODUÇÃO: Roberta Mártires
FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté – Ano 10
Projeto aprovado pelo Edital n° 005/2025 – Fomento à Circulação de Projetos Culturais (PNAB), Segmento Patrimônio Cultural Material, com apoio do Ministério da Cultura e da Secretaria de Cultura do Estado do Pará (SECULT/PA).
@ficcacinema




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