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Afetos e força coletiva na Marambaia - Casa do Poeta Caeté estreia Cineclube com sessão especial

  • Foto do escritor: Francisco Weyl
    Francisco Weyl
  • 17 de jul.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 14 de out.

BELÉM (PA), 17 de julho de 2025 – A noite da última quarta-feira, 16 de julho, marcou com beleza e emoção a sessão inaugural do Cineclube Casa do Poeta Caeté, no bairro da Marambaia, em Belém. O evento reuniu dezenas de pessoas da comunidade e do circuito cultural amazônico paraense em um encontro que misturou cinema, poesia, comida feita em casa, memória e resistência.

A atividade foi mais do que uma simples exibição de filmes: foi uma celebração do encontro e da arte como formas de fortalecer territórios, construir afetos e reafirmar identidades.

Entre os presentes estavam Wilson e Nana, do Cordel do Urubu; JotaBÊ, da Confraria do Jota; a poeta Tania Saraiva, do Sarau do Recomeço; Marcelo Silva, da Bomboler; e Rosilene Cordeiro, da Poranga Produções. A sessão também contou com a presença das realizadoras e realizadores que integram a coordenação do FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté: Roberta Mártires, da Multifário; Francisco Weyl, também coordenador da Casa do Poeta Caeté; e Cristina Weyl, que recepcionou os convidados ao lado do anfitrião.

Como gesto de afeto e hospitalidade, o anfitrião poeta Caeté preparou dois bolos – um de maracujá e outro de batata-doce – revelando seus dotes culinários além dos poéticos, reforçando o espírito coletivo e acolhedor que ele e sua esposa Cristina construiram para dar o tom da noite.

A sessão exibiu dois filmes paraenses que estrearam internacionalmente em Portugal, durante as celebrações dos 10 anos do FICCA na livraria Gato Vadia, no Porto : “Murerureua, Ati-nã-nã”, de Roberta Mártires, uma obra sensível que reverencia o feminino, a floresta e a espiritualidade; e “Do Lugar Onde Se Vê”, de Denis Bezerra, documentário sobre o mestre do teatro amazônico Cláudio Barradas, entrelaçando memória e criação cênica com delicadeza e inteligência.

Antes da exibição, às 18h, foi realizada uma reunião aberta da coordenação da Casa do Poeta, convocando artistas, realizadores e moradores a pensarem coletivamente o uso e a programação do espaço. O encontro reforçou o desejo de que a Casa do Poeta seja um território de expressão livre, onde a palavra e a imagem possam ecoar e transformar.

A sessão foi descrita por muitos como reenergizante e revigoradora, abrindo um ciclo de encontros culturais na Marambaia com grande potência simbólica e comunitária. A proposta do Cineclube Casa do Poeta é exibir regularmente obras independentes, com foco nas expressões amazônicas e no fortalecimento de uma plateia ativa, crítica e afetiva.

As próximas sessões já têm temática definida: o cinema feito por mulheres da Amazônia será o foco do segundo encontro, reafirmando o compromisso do cineclube com uma curadoria engajada e transformadora.

As imagens já começaram a povoar os afetos e os pensamentos que habitam a casa, agora aberta à poesia, ao cinema e ao coletivo.


CARPINTEIRO

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Primeira imagem:Um grupo de cerca de dez pessoas está reunido em um espaço interno decorado com cores vivas e plantas. As pessoas estão sentadas em cadeiras de plástico e madeira, organizadas em círculo. Há atenção concentrada em uma mulher ao centro, que fala animadamente. Ao fundo, a parede tem uma pintura preta com traçados brancos em formato de teia geométrica e uma estrela amarela pendurada.

Segunda imagem:Uma mulher sorri enquanto está sentada em uma cadeira branca de plástico, no mesmo espaço colorido e decorado com plantas e objetos artesanais. À sua volta há outras cadeiras vazias e algumas pessoas ao fundo. O ambiente é acolhedor e lembra uma casa cultural comunitária.

Terceira imagem:No primeiro plano, à esquerda, vê-se um pôster colado na parede rosa, com a imagem de uma figura dançante colorida e o texto “8 de Julho” em destaque (referente à data de Bragança). Ao fundo, uma mulher em pé gesticula alegremente para um pequeno grupo sentado, transmitindo entusiasmo e energia. O espaço interno é decorado com quadros, livros e objetos artesanais.


REALIZAÇÃO: X FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté / Arte Usina Caeté

PATROCÍNIO: Governo Federal/Ministério da Cultura; Governo do Pará/Secretaria de Cultura/Fundação Cultural do Pará, através da PNAB e Lei Semear; da Fundação Guamá, Parque de Ciência e Tecnologia - Guamá; Instituto Sustentabilidade da Amazônia com Ciência e Inovação; e Casa Poranga e de Seu Rompe Mato

APOIO CULTURAL: Multifário; Associação Remanescentes de Quilombolas do Torre/Tracuateua; Grupo de Pesquisas PERAU-PPGARTES-UFPA; Academia de Letras do Brasil; ALB-Bragança; Henrique Brito Avocacia.

APOIO INTERNACIONAL: Livraria Independente Gato Vadio (Porto); BEI Film; Escola Superior de Teatro e Cinema - Instituto Politécnico de Lisboa; Associação Nacional de Cinema e Audiovisual de Cabo Verde; Fundação Servir Cinema Cinema - Cabo Verde

PARCERIA: BRAGANÇA: CVC; Pousada de Ajuruteua; Pousada Casa Madrid; Pousada Aruans Casarão; Mexericos na Maré; Paróquia de São João Batista; AUGUSTO CORREA: Escola Lauro Barbosa dos Santos Cordeiro - Patal; EMEF André Alves – Nova Olinda. PRIMAVERA: Vereador Waldeir Reis; Espaço Cultural Casa da Vózinha; Associação dos Produtores de Guarumandeua; Associação dos Agricultores de Siquiriba; QUATIPURU: Monóculo da Vovó; Associação Quilombola de Sacatandeua; ANANINDEUA: Centro Cultural Rosa Luxemburgo; BELÉM: Cordel do Urubu; Vagalume Boi Bumbá da Marambaia; Cine Curau; Casa do Poeta Caeté.

 

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