Na Casa do Poeta: Marambaia dá o primeiro passo rumo ao X FICCA
- Francisco Weyl
- 25 de abr.
- 2 min de leitura
Na tarde do dia 24 de abril de 2025, a Marambaia foi palco de um encontro que entrelaçou poesia, cinema e resistência cultural. Na residência do poeta Raimundo José Weyl, o Caeté, artistas, educadores e ativistas reuniram-se para dar início à décima edição do Festival Internacional de Cinema do Caeté (FICCA), um evento que transcende a exibição de filmes, tornando-se um movimento de transformação social e estética.
O anfitrião, Caeté, está convertendo sua casa em um espaço cultural, simbolizando a resistência e a criatividade da periferia de Belém. O encontro contou com a presença de Francisco Weyl, cineasta e idealizador do FICCA, que compartilhou sua visão de um cinema de guerrilha, fundamentado nas estéticas de guerrilhas, poéticas da gambiarra e nas tecnologias do possível. Daniel Veiga, conselheiro estadual de políticas culturais - segmento livro e leitura, representando o Centro Cultural Rosa Luxemburgo, também participou, reforçando a importância da leitura e da cultura no fortalecimento das comunidades.
O Cordel do Urubu, coletivo cultural da Marambaia, marcou presença com seus integrants, entre estes o professor Wilson, a artista Nana e o músico Frank, trazendo a força da cultura popular para o diálogo. A artista visual Roberta Mártires e a mestranda Cristina Sousa, da UFPA, contribuíram com suas perspectivas sobre arte e educação. A reunião também contou com a participação virtual de José Carlos Barroso, gestor da Escola Lauro Barbosa dos Santos Cordeiro, em Augusto Corrêa, ampliando o alcance do debate.
O FICCA, que teve sua abertura internacional em janeiro na Livraria Gato Vadio, Porto, com exibições de filmes paraenses e rodas de conversa, prepara-se para uma itinerância que incluirá oficinas e sessões em diversos territórios da Amazônia Atlântica. A reunião na Marambaia foi um passo importante na articulação dos parceiros do festival, visando fortalecer sua dimensão formativa e comunitária.
Além disso, o encontro abordou a participação da Marambaia na COP 30, discutindo estratégias para que a comunidade se organize e contribua com suas pautas e saberes no evento global sobre mudanças climáticas.
Assim, a reunião na casa do poeta Caeté foi uma preparação para o FICCA, um ato de afirmação da cultura como instrumento de resistência e transformação social. Um momento em que a arte, a educação e a política se entrelaçaram, apontando caminhos para um futuro mais justo e criativo.
X FICCA

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