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COMUNICADO EDITORIAL — REVISTA KYNEMA

  • Foto do escritor: Francisco Weyl
    Francisco Weyl
  • há 3 dias
  • 4 min de leitura

A Revista Internacional KYNEMA concluiu a fase de avaliação dos textos submetidos à sua edição inaugural. O processo mobilizou leituras, debates e pareceres qualificados a partir de um conselho editorial e artístico transdisciplinar, envolvendo pesquisadores, cineastas, artistas, educadores e pensadores que atuam entre a Amazônia, o Brasil e a lusofonia.

KYNEMA nasce do percurso de pesquisa de Francisco Weyl no Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade Federal do Pará (PPGARTES-UFPA) e se fortalece a partir do estágio doutoral sanduíche realizado na Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa (ESTC-IPL). O projeto assume o cinema como gesto político e pedagógico, e a Amazônia como território simbólico e epistemológico, ativando redes transatlânticas e insurgências visuais.

Foram avaliados onze textos, incluindo artigos acadêmicos, ensaios críticos, entrevistas e experiências fotoetnográficas. As abordagens atravessam:• pedagogias da desinvenção,• cartografias de resistência,• memoriais quilombolas,• práticas audiovisuais comunitárias,• cinema e filosofia,• imaginário do terror e violência colonial.

O conjunto de textos confirma a linha editorial da revista: investigações situadas, linguagens híbridas e perspectivas anticoloniais, incorporando imagens como pensamento, e não como ilustração.

Com base nas avaliações, todos os textos foram aprovados, com três níveis de encaminhamento:

  1. Publicação integral com adequações mínimas

  2. Publicação com reorganização estrutural e ampliação crítica

  3. Publicação com revisão editorial acompanhada

O cronograma editorial foi atualizado:• Comunicação oficial de aceites: até 10 de dezembro de 2025• Produção e editoração: janeiro a março de 2026• Edição e impressão: abril a junho de 2026• Lançamento oficial da edição inaugural: julho de 2026 (impresso e virtual)

A KYNEMA reafirma compromisso com rigor crítico, ética editorial, diversidade epistemológica e insurgência visual. Esta edição inaugural constitui um gesto de afirmação coletiva: publicar textos que falem desde a Amazônia, suas lutas e suas imagens, e não apenas sobre elas.

Belém, 2025Revista Internacional KYNEMACoordenação editorial — Francisco Weyl

✔️ CONCLUSÃO CRÍTICA

Este ciclo editorial consolidou a KYNEMA como lugar de atravessamento entre cinema, território, pensamento crítico e insurgência visual.Não houve “seleção excludente”, mas trabalho coletivo de qualificação.Todos os textos seguem para publicação com acompanhamento editorial direto.

NOTA EXPLICATIVA SOBRE OS ARTIGOS — AVALIAÇÃO FINAL

A leitura de conjunto dos textos revela cinco blocos fundamentais, que compõem o mapa editorial da edição inaugural:

1) Pedagogias insurgentes e desinvenção da Amazônia

Dois textos estruturam o eixo conceitual da revista, propondo metodologias críticas e anticoloniais para pensar o território amazônico:

• Inventar pedagogias para desinventar a Amazônia• Fundamentos da pedagogia da desinvenção

Força identificada:Criação de categorias próprias e diálogo com tradições de pensamento latino-americano e decolonial.

Recomendação editorial:Trazer experiências concretas (cineclubes, escolas, territórios) como base dos conceitos teóricos.

2) Fotoetnografias e territorialidades visualmente situadas

Três textos articulam imagem, pesquisa e território:

• Entre Imagem e Território (fotoetnografia quilombola)• Entre as Águas e a Memória (palafitas da várzea)• Cartografias sensíveis da resistência urbana

Força identificada:A imagem não ilustra — ela argumenta e revela. Os textos encarnam a visualidade amazônica como método.

Recomendação editorial:Fortalecer legendas, coerência entre forma visual e posição política, e maior articulação entre análise e imagem.

3) Ensaios, conversações e filosofia do cinema

Dois textos estabelecem diálogo entre cinema contemporâneo, memória e filosofia da imagem:

• Atravessando João Parapeito (entrevista)• Corpo, duração e pensamento (ensaio filosófico)

Força identificada:Densidade crítica, cuidado ético com os dispositivos cinematográficos e diálogo com conceitos como imagem-tempo, duração e corpo.

Recomendação editorial:Fluência textual na entrevista e exemplificação fílmica no ensaio.

4) Imaginário, terror e violência colonial

Três textos tensionam diretamente a violência simbólica e as pedagogias do medo:

• Raízes coloniais e xenófobas do terror no cinema e na literatura• O lado negro (representações audiovisuais)• Estéticas de guerrilha amazônida e o mundo mágico dos caruanas (ACRÉSCIMO)

Força identificada:Domínio temático, crítica anticolonial e perspectiva sobre hierarquias raciais e imaginários de ameaça.A inclusão do texto sobre estéticas de guerrilha e caruanas acrescenta dimensão mitopoética, corpo-território e dispositivos de resistência simbólica ligados ao imaginário amazônico.

Recomendação editorial:Aproximar-se mais de autorias indígenas e negras, delimitar objetos fílmicos de análise e estruturar divisões internas no texto sobre os caruanas para favorecer leitura editorial.

5) Documento e voz comunitária

• Vozes quilombolas: entre memórias e a luta por uma universidade antirracista

Força identificada:Dispositivo de dupla camada (texto + audiovisual). O filme não ilustra — ele fala.

Recomendação editorial:Preservar a força das vozes e dos corpos na escrita.


✔️ CONCLUSÃO CRÍTICA

Este ciclo editorial consolidou a KYNEMA como lugar de atravessamento entre cinema, território, pensamento crítico e insurgência visual.

Não houve “seleção excludente”, mas trabalho coletivo de qualificação.

Todos os textos seguem para publicação com acompanhamento editorial direto.

CONSELHO EDITORIAL, CIENTÍFICO E ARTÍSTICO — REVISTA KYNEMA

Editor responsável

  • Francisco Weyl — pesquisador, cineclubista e realizador; editor da revista, Brasil

Conselho Internacional

  • Ana Tinoco — artista e realizadora, Portugal

  • Misá Kouasi — artista visual contemporânea, Cabo Verde

  • Micaela Barbosa — atriz, doutora e professora universitária, Portugal

  • Paulo Morais-Alexandre — professor da Escola Superior de Teatro e Cinema, Lisboa

  • José Pinheiro Neves — filósofo e pesquisador de cinema e imagem, Portugal

Conselho Brasileiro

  • André Queiroz — pesquisador, roteirista e filósofo do cinema

  • Celso Luís Prudente — professor, crítico de cinema negro e pesquisador cultural

  • Danilo Gustavo Asp — realizador, fotógrafo e pesquisador de periferias visuais

  • Gustavo Soranz — professor, pesquisador e ensaísta em audiovisual

  • Hilton P. Silva — antropólogo, professor (UFPA/UnB) e pesquisador de direitos humanos

  • Luzia Miranda Álvares — escritora, ensaísta e crítica cultural amazônica

  • Marcelo Rodrigues Silva — artista visual, designer e pesquisador gráfico

  • Porake Munduruku — liderança indígena, cineasta e curador de cinema indígena

  • Roberta Mártires — crocheteira autoral, artista visual e tecelã contemporânea

  • Rosilene Cordeiro — pesquisadora, professora e gestora cultural


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