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Congresso de Diversidades e Questões Etnicorraciais recebe Mostra Negro FICCA




Realizada desde 2015, a MOSTRA NEGRO FICCA é uma das três mostras não-competitivas do FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté.

De caráter internacional, NEGRO FICCA seleciona e exibe filmes de autores(as) negros(as) e/ou de temáticas a partir da arte e da resistência negra.

A Mostra ocorre nos meses de Maio, que é o mês dedicado aos pretos e às pretas velhas, e Novembro, mês dedicado à Consciência Negra.

Este mês, a Mostra Negro FICCA integra a programação cultural do V Congresso Nacional de Diversidades e Questões Etnicorraciais (Dia 7 de Maio).

O evento tem por objetivo evidenciar e debater a Ancestralidade e a Resistência Cultural no âmbito da atuação dos Núcleos de Estudos Afrobrasileiros e grupos correlatos na Amazônia e no Brasil.


LINHA DO TEMPO

De “costela” africana, o FICCA é parceiro da Associação Nacional de Cinema e Audiovisual de Cabo Verde.

Em 2014, o FICCA foi convidado para o I Plateau Cine Festival, quando assinou protocolo com a Câmara Municipal da Cidade Velha para a produção de mostras de cinema.

Em 2015, o FICCA homenageou o cinema de Cabo Verde, através da projeção de filmes de Júlio Silvão.

Em 2018, o poeta caboverdeano Mário Loft participou do festival, que foi realizado a partir da cidade do Porto.

Em 2020, o FICCA participou de um webinário sobre produção cinematográfica em tempos de pandemia, promovido pela Associação Nacional de Cinema e Audiovisual de Cabo Verde.

Em 2021, Júlio Silvão, Mário Loft, e a artista africana Misá participaram do Simpósio Inernacional de Literatura e Audiovisual AmazoniÁfrica, organizado pelo FICCA, em parceria com a Unifespa –Universiade Federal do Sul e Sudeste do Pará.


CURADORIA

A curadoria da Mostra NEGRO FICCA é do próprio criador do FICCA, o poeta e realizador Francisco Weyl.

Ele informa que parte dos filmes selecionados compõem outra mostra que acontecerá entre os dias 25 e 30 de Maio, via TV e Portal Cultura, que ano passado também exibiu os quatro filmes vencedores das mostras competitivas do FICCA.

Este ano, o FICCA começou mais cedo (25 de Março a 5 de Abril), graças ao apoio do Edital Audiovisual da Lei Aldir Blanc – Pará 2020.




Durante 12 dias o festival realizou uma espécie de maratona com rodas de conversas e oficinas virtuais, que resultaram na realização do filme coletivo “O Quilombo é meu ligar, minha vida”, que será exibido na programação.

Além deste, o FICCA vai apresentar outros filmes paraenses e brasileiros, como o #Feitiço, da Rosilene Cordeiro, e Guapuiando (de Weyl).

A edição de Novembro está com inscrições abertas: https://www.ficca.net.br/post/regulamento , mas, a Mostra de Maio, já está fechada, conforme programação abaixo:

https://eventos.ifpa.edu.br/index.php/cndqer/cndqer2021/schedConf/program


© Francisco Weyl




MOSTRA NEGRO FICCA – Maio 2021

Curadoria Francisco Weyl /FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté


PROGRAMAÇÃO


feli(Z)cidade, de Clementino Junior (RJ/10 Min)

Sinopse: A felicidade na perspectiva de 9 moradores e trabalhadores no Complexo da Maré durante o processo de Ocupação do Exército e a troca para a polícia.

Direção e Roteiro: Clementino Junior

Montagem e edição: Clementino Junior

Instituição/produtora: Cineclube Atlântico Negro

Formato de captação: celular

Direção de fotografia: Clementino Junior e Naldinho Lourenço

Trilha sonora: Leo de Souza


Mestres Praianos do Carimbó de Maiandeua (Artur Arias Dutra/PA/15Min32Seg)

Sinopse: Documentário traz à luz os saberes e a arte dos Mestres de Carimbó da ilha de Maiandeua, localizada no Atlântico norte do estado do Pará. Personalidades como Chico Braga, Montana, Gudengo, Camaleoa, Roque Santeiro são alguns dos principais nomes que compartilham uma parte de seus saberes e de suas histórias neste filme.

Direção - Artur Arias Dutra

Direção de Fotografia - Artur Arias Dutra e André dos Santos

Produção Executiva – Cris Salgado, Pierre Azevedo e Thomaz Silva

Pesquisa e Produção - Artur Arias Dutra, Cris Salgado, Pierre Azevedo e Yasmin Alves

Idealização - Cris Salgado Argumento – Artur Arias Dutra e Cris Salgado



O Quilombo é meu lugar, a minha casa (DIG, COR, BR, 19 Min, Realização Coletiva)

Sinopse: Documentário resultado da oficina de Cinema Acessível, ministrada por Carol Magno e Cuité Marambaia, no Quilombo do América, em Bragança do Pará, no âmbito do VI FICCA - FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA DO CAETÉ




Mestre Curuperé (Francisco Weyl/PA-2017/2020/17Min)

Sinopse: Filmado no Benquerença-Bar e na Toca do Índio, em Bragança do Pará, em 2017, e finalizado no Porto, em 2018, este documentário musical registra a passagem do Mestre de Carimbó Ronaldo Curuperé na Pérola do Caeté.


GAPUIANDO (Francisco Weyl/PA-2016/25Min)

Sinopse: Realizado por Francisco Weyl, no âmbito da pesquisa da professora Eliana Campos Pojo (UFPa), que produziu a obra, juntamente com Lina Gláucia Dantas Elias, e Vivian da Silva Lobato, este documentário navega o rio-mar de Abaeté, cidade das mulheres e dos homens fortes, onde a vida atravessa e é atravessada pelas águas. E o rio-signo cultural dissemina e exerce uma prática social no trabalho, no lazer, no movimento das embarcações, e de seus rios, furos e igarapés. Pela sua estética e encantamento, no ir e vir das pessoas, o rio-mar de Abaeté expressa beleza, fronteira, território, e saberes dos povos das águas.


FEITIÇO (Rosilene Cordeiro/PA-2021/20Min)

Sinopse: Roteiro simples... uma fábula sobre uma misura fabulante, com pouco requinte fabuloso. É sobre mulheres guerreiras e seus filhos ‘degradados’, filhos delas desde Eva até Maria de Nazaré. Bem olhados por Benedito, afogados nas veias córregas da Conceição. Filhos salvo guarnecidos pela barca encarnada da migrante ruiva, labiosa. festeira de renomado coração. Reza a lenda que eram mulheres grandes, essas dos longínquos territórios El Dourados jamais alcançados a olhos vistos, por homem algum, por qualquer homem um. Fêmeas de peito largo e um bico só, tendo o outro seio extirpado por elas mesmas para melhor arquear a flecha cujo alvo foi/é/sempre será invasor. Reza a ‘lenda’, ainda, sobre essas tais icamiabas ‘peito partido’, que eram de um feminino viril, grotesco e invejado dom, montadoras audazes de cavalarias velozes sem homens. Seletivas e astutas, a certa altura dos dias, à noite, atavam redes, teavam arapucas de ‘coitar’ para quem delas atraísse o interesse. E deitavam conjecturas de ânsia lunar em cópulas reprodutivas num sinistro coital. Enluarados ‘ao espelho da lua’ elas os possuíam e largavam às margens de suas montarias de volta. Da fertilização geravam e gestavam suas crias. Na lua grande seguinte os procriadores deviam retornar para notícias do clã. As mulheres paridas, ficavam nas terras e eram criadas por suas mães na mucosa terrena da Deusa. Aos filhos homens era destinado ou a morte, de providencia materna tão logo ao nascer, ou a entrega aos pais, poupados da dor da perda, guardiões do ato para si. As crias-machos, abandonados à vida e à sorte dos homens eram criados longe ‘dali’. Dos que morreram vingou o anonimato, aos que foram ‘filhos-de-pais-sem-mães’, estes ganharam o mundo, as cidades, campos, florestas, margens dos rios, vilarejos, rumos do mundo sem fim. Desse legado sabe-se, apenas, que vivem entre céu e terra a buscarem a e-vocação dos úteros que os pariu, em busca da mãe em si, da Deusa no mundo, dos irmãos perdidos, nos muitos lugares de feitiço, sem religião. Não é sobre ter fé, mas de como ela veio lhes buscar, lá do infinito de tudo. Onde tudo re-começou ou se perdeu, ou se embrenhou como eterno e inconclusivo re-tornar a si, a ser... renascer a Deusa Mãe nesse vagar sem fim, entornar-SI. 4 filhos em ir e vir sem fim... trabalho sem fim... a DEUSA, em seus fins, sem fim. Um #FeitiçoInProgress​​, enfim.

Direção de ROSILENE CORDEIRO

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