Francisco Weyl
Livraria Gato Vadio faz sessão de cinema de resistência amazônida na cidade do Porto
As bases para a constituição do projeto FICCA foram lançadas ainda no ano de 2003, quando foi realizado em Belém o Concílio Artísitico Luso-Brasileiro, que resultou no Cineclube Amazonas Douro.
O Cineclube promoveu sessões e cortejos em Belém do Pará, com a presença de é do Caixão e Sério Fernandes, criador da Escola do Porto.
Com os deslocamentos do curador do festival, Francisco Weyl, para Portugal e Cabo Verde, o FCCA atravessou oceanos e ampliou parcerias, com a Escola Superior Artística do Porto e Associação Nacional de Cinema e Audiovisual de Cabo Verde.
E o FICCA também já realizou sessões abertas na OPPIA, instituição cinematográfica parceira, sediada no Porto, além da livraria Gato Vadio, onde mais uma vez o festival irá realizar uma sessão especial.
A programação será coordenada pelo realizador Luís P. Costa, com a participação de Cristiano Costa Pereira, Zeza Guedes, Ana Tinoco e Celestino Monteiro, todos, artistas oriundos da Escola do Porto, e todos, parceiros de projetos artísticos e cinematográficos do criador e diretor do FICCA.
A sessão da livraria Gato Vadio foi pensada no âmbito de uma temporalidade política e cultural, considerando que o Brasil neste momento luta para sair de uma difícil situação social e democrática.
Nesse sentido, foram programados filmes: vencedores das diversas categorias, filmes realizados nas oficinas, e filmes convidados pelo festival, sendo que todos eles já circularam em mostras não-competitivas que o FICCA desenvolve nas comunidades da Amazônia Paraense.
Francisco Weyl
Diretor

Programação
O FILME INVISÍVEL
(Para Vicente Franz Cecim Trilha sonora - Johann Sebastian Bach Fotografias, edição e direção - Bruno Cecim Belém-PA 2022 – 3min)
CABEÇA DE CACHORRA (Realização Coletiva / PA / 3 Min)
Filme coletivo, realizado pelos estudantes da Escola Domingos de Souza Melo, Vila do Bonifácio, praia de Ajuruteua, durante as oficinas de Cinema de Guerrilhas ministradas por Marta Ferreira e Mateus Moura, na Vila do Bonifácio, praia de Ajuruteua. Quilombo do América, Bragança do Pará, Dezembro de 2021.
A VISITA DO PADROEIRO (Realização Coletiva / PA / 4 Min)
Filme coletivo, realizado pela Associação de Remanescentes do Quilombo do América, estudantes e professores da Escola Américo Pinheiro de Brito, durante as oficinas de Cinema de Guerrilhas ministradas por Rosilene Cordeiro e Francisco Weyl.
CANDEIA DO MAR (Roberta Mártires / Pa / 44 Seg)
ÁGUA E SAL (Roberta Mártires / PA / 41 Seg)
DO LUGAR DE ONDE SE VÊ (Denis Bezerra e Francisco Weyl / PA / 8 Min)
Documentário a partir da pesquisa autoral de Dênis Bezerra, sobre a vida e o processo criador de Cláudio Barradas
#ForaCargill (Francisco Weyl / PA, 35 Min)
#FORACARGILL tem como cenário as ilhas do município de Abaetetuba afetadas pela construção do Terminal de Uso Privado da empresa Norte americana em território do Programa de Assentamento Agro-Extrativista Santo Afonso, na Ilha do Xingu, Município de Abaetetuba, onde vivem e trabalham cerca de 200 famílias, numa área de 2.705,6259 hectares. O DOC contrapõe o projeto privatista a um mundo coletivo, ancestral, de conhecimentos e saberes próprios, ameaçado de desaparecer, bem como essas comunidades tradicionais se organizam e como lutam para conquistar acesso e permanência à terra, os impactos ambientais e sociais causados pela construção do porto, portanto, é através das falas das lideranças e das pessoas da comunidade, inclusive as ameaçadas, que o narrar os conflitos e perigos aos quais estão submetidas as comunidades locais na Amazônia Paraense.
Chamando os Ventos: Por Uma Cartografia dos Assobios (Marcelo Rodrigues / PA / 14 Min)
Chamar os ventos por meio de assobios. Dinâmica que envolve entretenimento, ancestralidade, afetividade e memória. Uma cartografia dessa prática que estabelece um elo com o sagrado.
PELOS JARDINS DE MYLENA (Raquel Canário, Iulik de Farias / RJ / 18 Min)
Atravessado pelo livro "Cartas a Milena" (1952), de Franz Kafka. O filme revisita de forma ensaística a paixão vivida entre Franz Kafka e Mylena Jesenská nos anos de 1920 a 1923, atualizada na paisagem sul-matogrossense.
FLORES QUE QUEBRAM CONCRETO: O HIPHOP DE SÃO GONÇALO E NITERÓI NA VOZ DELAS (Amanda Ares / RJ / 30 Min)
MELHOR DOCUMENTÁRIO DE MÉDIA-METRAGEM VII FICCA 2021
O filme retrata a história do hip hop na área metropolitana do Rio de Janeiro, com foco nas cidades de São Gonçalo e Niterói, palcos de muitos eventos e de artistas renomadas e renomados no hip hop, porém dessa vez, a história será contada da perspectiva das mulheres que fazem parte do movimento.