O FICCA não é um festival convencional comercial submetido aos princípios das curadorias padronizados pelo mercado cultural e mediático, logo, não espere diversão e entretenimento de suas metodologias e práxis pedagógicas audiovisuais.
O festival que roda o ano inteiro através de mostras no chão das escolas e dos terreiros nas comunidades periféricas segue seu caminho sem financiamentos institucionais e partidários, pagando por isso mesmo um preço bastante caro.
Mas como o valor da autonomia e da liberdade criativa é caríssimo para os ricos de espírito que praticam a arte compromissada com as grandes causas de seu tempo, o festival se mantém, em redes de solidariedade.
E de apoios, todos que trabalham no FICCA são voluntários, excetuando-se quando o festival dispôs de recursos vias leis de incentivo, o que não é o caso deste ano, entretanto, quanto mais adversidades, ainda maior será a vontade do artista de criar e superar.
E é o que o coletivo FICCA tem feito, seja pela via do festival, seja individualmente, através de seu núcleo duro, composto pela Rosilene Cordeiro, Cuité, Roberta Mártires, Mateus Moura, Marcelo Rodrigues.
Somando-se a eles, uma legião de anjos de entidades e associações, escolas e comunidades, juntando as mãos para construir os processos coletivos originários de dialógicas que resultam em curtas que impactam a sociedade local.
Trabalho de formiguinha que mudou a cara do audiovisual na Região Bragantina, do Caeté, do Salgado, do Nordeste paraense, onde tem sido realizados dezenas de projetos que contribuem para o desenvolvimento da cadeia do audiovisual na Amazônia.
Nós fazemos um trabalho que o Estado não faz e quando o faz beneficia uma elite que ignora esta lógica proposta pelo FICCA, razão porque manter nosso festival mesmo contracorrentes é de um valor inestimável do qual nos orgulhamos.
Em razão da sua dinâmica caracterizada como um festival de artes integradas, itinerante, cigano, mambembe e circense, o FICCA arma a sua panada no chão das comunidades.
O festival roda o ano inteiro, através de rodas de conversas, formações, cujas metodologias envolvem atores sociais e protagonistas locais que se utilizam do cinema como ferramenta de consciência.
Nestas vivências durante o ano difundimos o cinema paraense, amazônida, nacional que afirmamos em nosso festival, via mostras não competitivas como Cinema Contemporãneo de resistência, Negro Ficca, Caeté Cult, dentro e fora do país.
PRÊMIAÇÃO
PRÊMIAÇÃO
O festival recebe inscrições de todo o mundo, realizando inicialmente uma pré-seleção de filmes que são avaliados por uma comissão internacional de Juris.
Com a pandemia, em 2020, o Juri passou a avaliar e divulgar o resultado das obras em concurso bem antes da culminância do festival (8, 9,10/12), portanto, o Festival irá anunciar os premiados no decorrer desta semana.
As obras vencedoras serão exibidas nos canais do FICCA, dias 9 e 10 de Dezembro, período em que o público poderá escolher o melhor filme JURI POPULAR.
O PREMIO POPULAR será disponibilizado ao filme que mais catalisar acessos durante as exibições dos filmes premiados no canal do festival.
A escolha se dará através do quantitativo de comentários individuais durante o momento de exibição dos filmes no Youtube.
O filme com maior número de comentários durante a exibição vai conquistar o prêmio.
O FICCA informa ainda que, em razão da qualidade técnicas das obras e disputa, a IX edição resolveu criar e conceder dois prêmios do Juri.
Junto com os filmes premiados, o FICCA também selecionou obras para mostras não competitivas, que serão realizadas no decorrer de 2024.
Além destas exibições de mostras competitivas, o público poderá acompanhar pela Internet as mostras não-competitivas que acontecerão em Cabo Verde e Portugal, dias 8 e 15 de Dezembro, respectivamente.
A programação do FICCA arranca dia 1 de Dezembro na comunidade do Patal, Augusto Correa, na Escola Lauro Barbosa dos Santos Cordeiro, e, dia 2, na Vila Bonifácio, Ajruuteua, Bragança, na Escola Domingos de Sousa Melo.
Depois, a troupe do FICCA volta à Bragança, Quilombo América (dia 8.12), seguindo para Primavera e Quatipuru (dias 8, 9,10 Dezembro)
Acompanhe a programação do festival nas redes, ajude a divulgar.
A qualquer momento o diretor do FICCA poderá anunciar os vencedores.
Francisco Weyl
DIRETOR
Comentarios