Um mês após os prazos divulgados para a composição das mostras não-competitivas à sétima edição, a direção do Festival Internacional de Cinema do Caeté – FICCA vem à público agradecer a compreensão dos realizadores e produtores que submeteram suas obras a concurso.
Na oportunidade, informamos que não houve premiado na categoria Terror, do mesmo modo, ocorreram alterações nas composições de Mostras.
O FICCA informa que, apesar do grande número de filmes inscritos, e apesar do festival ter anunciado a realização de cinco mostras não-competitivas, o júri decidiu por recompor as mostras, da seguinte forma: Mostra negro FICCA; Mostra cinema contemporâneo de resistência; Mostra Caeté cult.
As mostras não-competitivas ocorrerão no ano de 2022, em períodos a serem divulgados pela direção do festival, podendo vir a ser exibidas ao público de forma presencial ou remota ou híbrida, a depender das orientações da OMS, em razão da pandemia, sendo que, além destes, outros filmes poderão vir a compor estas mostras na categoria de convidados.
MOSTRAS
Estas mostras são a alma do FICCA, que tem um caráter cineclubista de inclusão.
Através delas, o FICCA articula e organiza cineclubes locais e regionais, com especial atenção à formação em práticas do cinema como ferramenta de consciência social para jovens e mulheres em condições de vulnerabilidade de periferias, comunidades tradicionais, quilombolas, e estudantes de escolas públicas.
Com estas mostras, o FICCA forma o público para o cinema de curta-metragem Regional e Nacional no sentido de estimular a criação e consolidar o polo de produção audiovisual da Região dos Caetés, compreendendo a realidade deste espaço de forma complexa.
E por isso primamos pela liberdade criativa, e independente, despojada de modelos e padrões que limitam a realização cinematográfica contemporânea, ao mesmo tempo, que valorizamos as experiências estéticas e pedagógicas do cinema Amazônida, colocando-as ao serviço da consciência e das grandes causas das comunidades locais, em luta contra a globalização.
NEGRO FICCA
Realizada há seis anos, a Mostra NEGRO FICCA é de caráter internacional e seleciona e exibe filmes de autores negros e/ou de temáticas a partir da arte e da resistência negra, podendo estes serem escolhidos entre os filmes concorrentes ao IV FICCA ou entre as obras de realizadores negros, e/ou de temáticas negras, que foram submetidas ao festival.
FILMES INDICADOS:
Trindade - Rodrigo R. Meireles / MG (28’)
Neguinho - Marçal Vianna / RJ (20’)
Orunmilá - Danúbia Serena e Rerisson Almeida / BA (14’55”)
Inventário do Corpo - Alini Guimarães e Jhonatan Bào / SP (10’32”)
CONTEMPORÂNEO
A Mostra DE CINEMA CONTEMPORÂNEO DE RESISTÊNCIA é de caráter internacional, sendo constituída de filmes de narrativas temáticas sobre juventude, mulheres, comunidades LGBTs, trans, indígenas, tradicionais, quilombolas, pescadores, extrativistas, e comunidades locais.
FILMES INDICADOS:
Retirante Juvenil - Dan Borges / BA (36’29”)
Alfazema - Sabrina Fidalgo / RJ (24’27”)
Ano que vem tem mais - Filipi Silveira e Marineti Pinheiro / MS (32’49”)
Hortelã - Thiago José de Carvalho Furtado / PI (14’)
O Pescador de Memórias - Eliabe Crispim / CE (17’)
Curica - Thiago Furtado / PI (20’)
Pyru´ã - A flor do centro da terra - Grupo as lagartas / MS (10’55”)
CAETÉ
A Mostra CAETÉ-CULT promove, exibe, dialoga e difunde o cinema de formato Curta-Metragem paraense, com ênfase na produção de realizadores e produtores cujos temas são de interesse social, econômico, e cultural para Região dos Caetés.
FILMES INDICADOS
Freeport – Ricardo Macedo / MG (5’48”)
Retrato do Artista Quando Coisa - Filipi Silveira e Larissa Neves / MS (31’50”)
Nós - David Francisco dos Santos / RJ (1’)
Um Tambor pra Mata - Alesandro Ricardo Campos / PA (34’18”)
Cordão de Pássaro Tem Tem - José Carlos Barroso / PA (11’39”)
Curral de Peixe, avesso da cena-memória - Milton Aires e Patrick Mendes / GO (26’54”)
De uma Belém a outra - Mauricio Igor / PA (4’50”)
PREMIAÇÃO
O festival reconhecerá com um diploma, através da parceira internacional Escola Superior Artística do Porto, os realizadores dos filmes que compõem as mostras não-competitivas, do mesmo modo, os vencedores das categorias competitivas.
Serão premiados: Melhor Longa (Acima de 60 minutos); Melhor Média (Entre 20 e 60 minutos); Melhor Curta (Menos de 20 minutos); Melhor Documentário - Longa (Acima de 60 minutos); Melhor Documentário - Média (Entre 20 e 60 minutos); Melhor Documentário - Curta (Menos de 20 minutos); Melhor Videoteatro (Livre tempo); Melhor Perfomance Audiovisual (Livre tempo); ; Melhor Animação (Livre tempo e temática); Melhor Filme Experimental (Livre temática e tempo).
As obras vencedoras deste concurso serão conhecidas na abertura do Festival, dia 8 de Dezembro, sendo as mesmas disponibilizadas ao público no âmbito do festival, através do canal Youtube, entre os dias 8, 9 e 10 de Dezembro de 2021, podendo ainda integrar outras mostras presenciais ou não, via Internet ou em redes de televisão públicas.
TROFÉUS
A novidade deste ano é que – apesar de não estarem previstos à premiação – o festival recebeu um apoio do escritório Henrique Brito para esta finalidade, então, foram confeccionados troféus para os filmes vencedores das dez categorias competitivas.
Os troféus serão criados pelo “santeiro” Japon, um artista e artesão que habita a comunidade do Camutá, do outro lado do Rio Caeté, sendo ele bastante demandado para a edificação de santos na Região dos Caetés, inclusive, o São Benedito do Mirante de Bragança do Pará.
Praia de Ajuruteua, Bragança do Pará, 4 de Novembro de 2021
Francisco Weyl
Diretor do FICCA
PROGRAMA OFICIAL
LOCAL: Casa do Professor / Praia de Ajuruteua, com transmissão para redes sociais nos canais do FICCA
8 DE DEZEMBRO
17h, ABERTURA
Sérgio Santeiro (presidente de honra do Juri), Sérgio Péo (realizador homenageado), Nelson Araújo (diretor cinema ESAP, Portugal), Júlio Silvão (Ass. Cinema Cabo Verde), Cristiano Costa Pereira (OPPIA/ Douro Film Festival), Evandro Medeiros (Cinefront), Ivan Oliveira (Curta Carajás), 17h30, RODA DE CONVERSA
“Ideias para a cultura Caeteense” (Convidados) Beto Amorim (coordenador do projeto Aluno Repórter); Danilo Cunha (coordenador IFPa-Bragança); Francisco Oliveira (coordenador UFPa-Bragança); Henrique Brito (pte Academia Letras do Brasil – Seccional Bragança Pará); Vinícius Oliveira (secretário de Cultura de Bragança); Waldeir Reis (Vereador de Primavera); Roseti Araujo, presidente ARQUIA —Quilombo do América / Kelle Cunha, bióloga, ECATU-RCA
MEDIADOR: Francisco Weyl (diretor do FICCA)
19h30 - ANÚNCIO DOS VENCEDORES DO VII FICCA
Luciana Medeiros (jornalista, realizadora)
19h45 - PERFOMANCE de Rosilene Cordeiro, Cuité Marambaia, Carpinteiro de Poesia e Luan Weyl
20h - CINEMA: “O quilombo é meu lugar, minha casa” (ARQUIA-Américacine, 2021) e “Marajó, A Última Lua da Maré” (Sérgio Péo, 1991))
9 DE DEZEMBRO
9h - OFICINA
“Da Ideia à Montagem no Cinema de Guerrilha” (Quilombo do América e Vila de Ajuruteua)
COORDENAÇÃO: Mateus Moura e Francisco Weyl
9h/16h50 – FILMES VENCEDORES DO VII FICCA
17h – RODA DE CONVERSA “Mulheres da Resistência” (sobre arte e cinema no Feminino): Ava Rocha, realizadora e cantora / Inês Leitão, documentarista (Portugal) / Zeza Guedes, ativista (Portugal) / Célia Maracajá, atriz e realizadora / Rosilene Cordeiro, atriz e realizadora MEDIADORA — Luciana Medeiros, jornalista, realizadora e produtora
18h — SARAU
Mana Josy Shaira, Heliana Barriga, Cris Belo, Roberta Mártires, Margarida Machado (Portugal), Airton Souza, Clei Souza, Diego Wayne, Marco da Lama, Carpinteiro de Poesia, Cuité, Mateus Moura, Manoel Ramos, Mário Loft (Cabo Verde)
20h - CINEMA: estreia dos filmes “EXERCITO” (Francisco Weyl) e “Feitiço" (Rosilene Cordeiro)
10 DE DEZEMBRO
9h - OFICINA
“Da Ideia à Montagem no Cinema de Guerrilha”
COORDENAÇÃO: Mateus Moura e Francisco Weyl (Quilombo do América e Vila de Ajuruteua)
9h/15h – FILMES VENCEDORES DO VII FICCA
15h - MOSTRA SÉGIO PÉO (homenageado)
FILMES “Rocinha Brasil 77” / “Associação dos Moradores do Guararapes” / “Rio Uruçumirim”
I7h —RODA CINECLUBISTA (a obra de Sérgio Péo)
Sérgio Péo, homenageado / Cris Salgado, realizadora / Isa Catarina, secretaria de cinema e educação da Fed. Inte. Cine Clubes / Cristiano Costa Pereira, OPPIA-Douro Film Festival / Mateus Moura, realizador e crítico / Francisco Weyl, FICCA
MEDIADOR: Alessandro Campos, antropólogo
18h30 – RODA DE CONVERSA
“O Cinema Africano”
Mamadou Diallo (Sénégal), Bernard Afili e Mel Rodrigue (Costa de Marfim)/MEDIADORES – Misá (Costa do Marfim) / Júlio Silvão (Cabo Verde)
20h - RODA DE CARIMBO — Fernanda Marés, Cuité, Diler Sales, Rodrigo Etnos, Mateus Moura, Carpinteiro de Poesia, Roberta Mártires
CINEMA
Filmes realizados nas oficinas do VII FICCA
Comentarios