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Cortejo Climático convoca a Marambaia para lutar pelo clima e pelo território

  • Foto do escritor: Francisco Weyl
    Francisco Weyl
  • 18 de out.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 20 de out.

Fazia calor, o ventilador girava preguiçoso dentro da casa, o filme Marias da Castanha acabara de encerrar o Cineclube, e a Casa do Poeta Caeté parecia pulsar. Do lado de fora, o cheiro da chuva que vinha trazia o aroma da Rua da Marinha. E na parte do pátio, do lado de dentro, a roda se armava — o Grupo de Trabalho Carta do Clima se encontrav mais uma vez para um rodada de trbalho.

O poeta Caeté, sua prima que estava de viisita, maristela, Raimunda Weyl, e Carpinteiro de Poesia, que são da família, Dona Cristina Sousa, esposa do Caeté, Roberta Mártires, Marcelo Rodrigues, Professor Wilson, Jess Saldanha e outros se encontravam pra avançar na luta, nesta noite com a presença da poeta Rita Melém.

Era noite de Reunião Ampliada do Fórum Permanente das Políticas Públicas Periféricas — Marambaia COP30. Gente de toda parte: artistas, educadores, lideranças, moradores, meninos de bicicleta, mães com crianças no colo. Todos para pensar o que pode ser uma Carta Climática feita de corpos, vozes e lembranças, e o que será o grande Cortejo Climático da Marambaia, agora confirmado para o dia 1º de novembro, às 16h, com concentração na Quadra B – Gleba 1.


“A carta nasce do chão, da lama, da feira, das escolas e das águas. É o território falando. É o corpo da Amazônia urbana dizendo: existo.”


Foi assim, entre falas e afetos, que a comunidade reafirmou o que já se sabe: a Marambaia é território de memória, ancestralidade e luta. A discussão seguiu como rio em cheia — lembrando que o debate climático não se faz só nas conferências globais, mas no quintal, na rua, na feira e no batuque do tambor.


Encaminhamentos: o que vem por aí


A reunião decidiu o que será o Cortejo Climático da Marambaia – “Nossa terra: corpo, memória, existência”, um ato cênico, político e poético pelas ruas do bairro.

Foram definidos dois percursos simbólicos:


Da Quadra B (Gleba 1), WE 2, SN 6, Rua da Marinha, SN 4, Quadra B

Também foram formadas equipes de mobilização comunitária, embaixadores de rua e ações nas feiras — a Feira do Entroncamento (21/10) e a Feira do Médici (22/10) — onde o Fórum vai espalhar o convite e recolher as vozes que comporão a Carta Climática.


“O cortejo será o corpo da carta, e a carta será a alma do cortejo. O que escrevemos com palavras, afirmaremos com passos.”


Cultura, resistência e afeto


O Cortejo Climático da Marambaia, que abre o mês de mobilizações rumo à COP30, reunirá uma constelação de coletivos e artistas populares: Cordel do Urubu, Biblioteca BombomLER, Teatro de Bonecos Cuité Marambaia, Casa do Poeta Caeté, FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté, Vaca Palmira, Boizinho Borba, o Grupo de Teatro Quem Vai Pagar o Pato, e a Fanfarra com JotaB, Multifário Roberta Mártires, entre outros.


Vai ter contação de histórias, exibição de curtas, vivências ecológicas, poesia, teatro, música e o Mini Cortejo Ecológico das crianças.

Tudo isso com o mesmo espírito que moveu a sessão do cineclube e o debate da noite: fazer da arte uma ferramenta de transformação, e da periferia um espaço de futuro.


Caminhar é existir


Entre os acordes da fanfarra e as palavras que ainda estão sendo escritas, a certeza se impõe: a Marambaia abre os caminhos da COP30.

Do bairro, nasce um gesto que ecoa para o mundo — um chamado por justiça climática, mas também por dignidade e imaginação.


“Queremos chegar à COP30 com nossa resposta simbólica, autônoma e poética: nossa Carta, nossos corpos, nossas vozes em cortejo pela vida.”


Casa do Poeta Caeté, 16 de outubro de 2025.


Carpinteiro de Poesia



Serviço

Cortejo Climático da Marambaia — “Nossa terra: corpo, memória, existência”

Concentração: Quadra B – Gleba 1, Marambaia

Sábado, 1º de novembro, às 16h

Com: coletivos culturais, escolas, feiras, terreiros e moradores da Marambaia.

Organização: Fórum Permanente de Políticas Públicas Periféricas — Marambaia COP30 | Rede FICCA | Casa do Poeta Caeté | Cordel do Urubu | Biblioteca BombomLER


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REALIZAÇÃO: X FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté / Arte Usina Caeté

PATROCÍNIO: Governo Federal/Ministério da Cultura; Governo do Pará/Secretaria de Cultura/Fundação Cultural do Pará, através da PNAB e Lei Semear; da Fundação Guamá, Parque de Ciência e Tecnologia - Guamá; Instituto Sustentabilidade da Amazônia com Ciência e Inovação; e Casa Poranga e de Seu Rompe Mato

APOIO CULTURAL: Multifário; Associação Remanescentes de Quilombolas do Torre/Tracuateua; Grupo de Pesquisas PERAU-PPGARTES-UFPA; Academia de Letras do Brasil; ALB-Bragança; Henrique Brito Avocacia.

APOIO INTERNACIONAL: Livraria Independente Gato Vadio (Porto); BEI Film; Escola Superior de Teatro e Cinema - Instituto Politécnico de Lisboa; Associação Nacional de Cinema e Audiovisual de Cabo Verde; Fundação Servir Cinema Cinema - Cabo Verde

PARCERIA: BRAGANÇA: CVC; Pousada de Ajuruteua; Pousada Casa Madrid; Pousada Aruans Casarão; Mexericos na Maré; Paróquia de São João Batista; AUGUSTO CORREA: Escola Lauro Barbosa dos Santos Cordeiro - Patal; EMEF André Alves – Nova Olinda. PRIMAVERA: Vereador Waldeir Reis; Espaço Cultural Casa da Vózinha; Associação dos Produtores de Guarumandeua; Associação dos Agricultores de Siquiriba; QUATIPURU: Monóculo da Vovó; Associação Quilombola de Sacatandeua; ANANINDEUA: Centro Cultural Rosa Luxemburgo; BELÉM: Cordel do Urubu; Vagalume Boi Bumbá da Marambaia; Cine Curau; Casa do Poeta Caeté.

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COORD. PEDAGÓGICA: ROSILENE CORDEIRO / MARCELO SILVA

COORDENAÇÃO: Francisco Weyl

COORD. PRODUÇÃO: Roberta Mártires

FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté – Ano 10

- Projeto aprovado pelo Edital n° 005/2025 – Fomento à Circulação de Projetos Culturais (PNAB), Segmento Patrimônio Cultural Material, com apoio do Ministério da Cultura e da Secretaria de Cultura do Estado do Pará (SECULT/PA).

@ficcacinema


 
 
 

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