CASA DO POETA EXIBE “MARIAS DA CASTANHA”
- Francisco Weyl

- 13 de out.
- 3 min de leitura
Atualizado: 20 de out.
No próximo dia 16, o Cineclube da Casa do Poeta volta a acender sua tela — e com ela, a memória das mulheres amazônidas. O filme da vez é Marias da Castanha (1987), dirigido por Edna Castro e Simone Raskin, uma das primeiras obras do cinema paraense a revelar com força e sensibilidade o cotidiano de trabalhadoras submetidas a condições precárias e ao esquecimento do poder público.
Rodado em 16 mm, o filme é um retrato histórico das mulheres do bairro da Estrada Nova, em Belém do Pará, que com mãos calejadas e força coletiva transformam o fruto da castanha — símbolo da floresta — em produto de exportação e sobrevivência. “Marias da Castanha” é, sobretudo, um filme sobre resistência: sobre o corpo feminino como ferramenta de trabalho, mas também de criação, solidariedade e luta.
Desde 16 de junho, o Cineclube da Casa do Poeta realiza sessões mensais — sempre no dia 16 — dedicadas à produção feminina na Amazônia, à memória das mulheres e às imagens insurgentes que o cinema cria quando se põe a falar de e com elas. Já passaram pela tela da Casa filmes como “Feitiço”, de Rosilene Cordeiro, e “Vozes da Memória”, de Raíssa Dourado, em encontros que unem exibição, debate e afeto.
A cada edição, o cineclube reafirma seu papel como espaço de escuta e reflexão — um território livre onde arte e crítica se entrelaçam para dar visibilidade às mulheres que fazem e pensam o cinema na Amazônia.
Casa do Poeta
16 de outubro
19h
Exibição do filme “Marias da Castanha” (1987, 30 min, cor, som, 16 mm)
Roda de conversa após a sessão
✨ “Marias da Castanha” é um reencontro com o passado que insiste em permanecer presente — um chamado à memória, ao cinema e à voz das mulheres que moldam a história com as próprias mãos.

🎧 Audiodescrição – Sessão Cineclubista “Marias da Castanha”
A imagem é um cartaz de divulgação do Cineclube da Casa do Poeta, com tons quentes e terrosos, lembrando o colorido da madeira e da castanha.Na ilustração central, aparecem três mulheres amazônidas, de pele escura e semblantes fortes, trabalhando lado a lado. Usam lenços na cabeça e roupas simples. Elas descascam e preparam castanhas com as mãos, num gesto repetido, de esforço e solidariedade.O traço do desenho é expressivo, lembrando uma gravura artesanal — com linhas marcadas e textura de papel antigo.
Na parte superior, lê-se o título:“Marias da Castanha”Abaixo, está escrito:[Filme de Edna Castro e Simone Raskin – 16 mm – 30 min]
No canto direito, aparecem os logotipos do FICCA (Festival Internacional de Cinema do Caeté) e da Casa do Poeta Caeté.
Na parte inferior, em uma faixa marrom, lê-se:“Sessão Cineclubista – 16.10, 19h”
E logo abaixo:Travessa SN6, número 210 – Gleba 1 – Nova Marambaia – CEP 66623279.
No rodapé, há uma série de logotipos de apoios culturais e instituições parceiras, entre eles Governo do Pará, Lei Paulo Gustavo, Fundação Cultural do Pará, e o Instituto WFK-DH, além de selos de parcerias locais e internacionais.
O conjunto da imagem comunica memória, trabalho e resistência das mulheres da Amazônia, celebrando o cinema feito por elas e sobre elas.
REALIZAÇÃO: X FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté / Arte Usina Caeté
PATROCÍNIO: Governo Federal/Ministério da Cultura; Governo do Pará/Secretaria de Cultura/Fundação Cultural do Pará, através da PNAB e Lei Semear; da Fundação Guamá, Parque de Ciência e Tecnologia - Guamá; Instituto Sustentabilidade da Amazônia com Ciência e Inovação; e Casa Poranga e de Seu Rompe Mato
APOIO CULTURAL: Multifário; Associação Remanescentes de Quilombolas do Torre/Tracuateua; Grupo de Pesquisas PERAU-PPGARTES-UFPA; Academia de Letras do Brasil; ALB-Bragança; Henrique Brito Avocacia.
APOIO INTERNACIONAL: Livraria Independente Gato Vadio (Porto); BEI Film; Escola Superior de Teatro e Cinema - Instituto Politécnico de Lisboa; Associação Nacional de Cinema e Audiovisual de Cabo Verde; Fundação Servir Cinema Cinema - Cabo Verde
PARCERIA: BRAGANÇA: CVC; Pousada de Ajuruteua; Pousada Casa Madrid; Pousada Aruans Casarão; Mexericos na Maré; Paróquia de São João Batista; AUGUSTO CORREA: Escola Lauro Barbosa dos Santos Cordeiro - Patal; EMEF André Alves – Nova Olinda. PRIMAVERA: Vereador Waldeir Reis; Espaço Cultural Casa da Vózinha; Associação dos Produtores de Guarumandeua; Associação dos Agricultores de Siquiriba; QUATIPURU: Monóculo da Vovó; Associação Quilombola de Sacatandeua; ANANINDEUA: Centro Cultural Rosa Luxemburgo; BELÉM: Cordel do Urubu; Vagalume Boi Bumbá da Marambaia; Cine Curau; Casa do Poeta Caeté.
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COORD. PEDAGÓGICA: ROSILENE CORDEIRO / MARCELO SILVA
COORDENAÇÃO: Francisco Weyl
COORD. PRODUÇÃO: Roberta Mártires
FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté – Ano 10
Projeto aprovado pelo Edital n° 005/2025 – Fomento à Circulação de Projetos Culturais (PNAB), Segmento Patrimônio Cultural Material, com apoio do Ministério da Cultura e da Secretaria de Cultura do Estado do Pará (SECULT/PA).
@ficcacinema




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